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Publicado em 04/05/2015
“Na agricultura moderna e cheia de desafios, a modalidade do controle biológico se tornou um grande aliado,
e está fortemente inserida no conceito de Manejo Integrado de Produção Sustentável. Neste sentido,
surge como ferramenta a utilização do Bacillus thuringiensis (Bt) como inseticida biológico em larga
escala”. A afirmação é do engenheiro agrônomo Uéliton Trindade de Oliveira.
Em artigo publicado na edição de Abril da Revista Campo
& Negócios Grãos, ele ressalta que a introdução das subespécies específicas
de Bt para controle do gênero de lagartas Helicoverpa “tem eficiência de alto controle, devido às
endotoxinas do grupo de proteínas Cry que afetam a lagarta após a ingestão”.
“Dentre
as subespécies de Bacillus thuringienses, destacam-se no controle de lagartas a subespécie Kurstaki e Aizawai,
que possuem genes Cry1, que por sua vez codificam proteínas tóxicas para o controle desta lagarta. Estas proteínas
chamadas Cry produzidas por estas subespécies de bactérias possuem diferentes efeitos inseticidas”, destaca
o especialista da Integrada Cooperativa Agroindustrial.
Oliveira explica que, uma vez ingerido pela lagarta,
o “Bt promove a destruição do seu trato digestivo, infecção interna generalizada, paralisação
alimentar e, consequentemente, a morte da lagarta. Já há alguns anos ocorre a importância crescente de
B. thuringiensis como bioinseticida, o que fez com que nas últimas décadas tenham sido reforçadas as
investigações por todo o mundo, tornando-se, provavelmente, o grupo dominante do mercado de bioinseticidas”.
O pesticida biológico Btcontrol, produzido pela empresa Simbiose
Agro, registrou eliminação total da população da lagarta nos estágios larvais
(L1, L2 e L3) até o 4° dia após a aplicação dos tratamentos. O resultado foi confirmado no
laboratório de Entomologia da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG), na cidade de Goiânia-GO.
“O BtControl apresenta na sua composição, além do esporo da bactéria (Bacillus.
thuringiensis Kurstaki), um complexo de toxinas (Cry2Aa, Cry1Aa, Cry1Ab e Cry1Ac) formando um cristal que, dependendo do inseto
(lagarta), pode matar em algumas horas após sua ingestão”, diz o diretor presidente da Simbiose Agro,
Marcelo de Godoy Oliveira.
Fonte: Agrolink
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