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Publicado em 27/08/2014
Dois projetos desenvolvidos por uma pequena empresa de biotecnologia de Campinas, a Rheabiotech, poderão ajudar a controlar doenças de duas importantes culturas agrícolas do país. Em seus laboratórios estão sendo produzidos anticorpos que serão usados em kits para diagnosticar a ferrugem asiática da soja, causada por um fungo, e dois tipos de vírus que atacam as plantações de batatas. A ferrugem asiática da soja é uma doença causada pelo fungoPhakopsora pachyrhizi, que ataca as folhas da planta e causa o definhamento dos grãos e a consequente queda da produtividade.
Os prejuízos chegaram a US$ 25 bilhões no período entre 2003 e 2013, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Seu controle é difícil e requer a aplicação constante de fungicidas, pois na fase inicial da infecção o fungo só pode ser detectado por exame visual com uma lupa. “O problema é que, como ele só é detectado depois que a plantação está infestada, nunca se sabe exatamente quando se deve aplicar o fungicida”, explica o biólogo Luís Antônio Peroni, sócio-diretor da Rheabiotech. “Por conta dessa incerteza são feitas várias aplicações – até seis ou sete por safra –, o que aumenta os custos.” O kit que está sendo desenvolvido em parceria com a empresa ParteCurae Analysis, de São Carlos, poderá antecipar o diagnóstico em até cinco dias, antes que a contaminação tenha se espalhado.
A sua fabricação começa com a obtenção de anticorpos para o fungo. Para isso, usa-se como antígeno o micélio, que é a parte do talo do fungo constituída por filamentos. Esse antígeno é inoculado em coelhos, quatro vezes em intervalos de 15 dias, para imunizá-los. Ou seja, o organismo do coelho produz anticorpos para combater o antígeno. “O sangue do coelho, com esses anticorpos, é retirado e dele extraído o soro imune”, explica a bioquímica argentina radicada no Brasil Fernanda Alvarez Rojas, sócia-diretora da Rheabiotech. “Depois, os anticorpos do soro são purificados.”
Leia a notícia na íntegra aqui.
Fonte: Revista FAPESP
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