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Mato Grosso é referência mundial no uso de sementes transgênicas

Publicado em 17/07/2014

São 11 milhões de hectares cultivados com a tecnologia no estado.

A área cultivada com lavouras transgênicas em Mato Grosso  é maior do que em países como a China e Canadá  e equivalente ao cultivado na Índia. Na última safra, entre lavouras de soja, milho e algodão, foram plantados mais de 11 milhões de hectares.A área só é menor que as áreas ocupadas com transgênicos dos países Estados Unidos (70,2 milhões ha), Brasil (40,3 milhões de ha) e Argentina (24,4 milhões de ha).

Na propriedade do produtor Herlan Meinke, no município de Campo Verde , 100% das lavouras são geneticamente modificadas. Ele fez a opção pela tranquilidade que a tecnologia traz. “Temos um ciclo muito curto. Então, com a transgenia, em termos de pragas, conseguimos fazer com maior tranquilidade em relação ao desenvolvimento da cultura”, destaca o produtor.

Para o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), uma organização não governamental (ONG) com objetivo de divulgar informações técnico-científicas sobre o tema, os números reforçam o papel de destaque ocupado por Mato Grosso na agricultura mundial. “Qualquer pequena adoção ou pequena movimentação que os agricultores do estado tomem, têm um impacto, uma relevância que se reflete no mercado como um todo. E na biotecnologia não é diferente”, diz Anderson Galvão, conselheiro do CIB.

A expansão dos transgênicos fez com que a soja convencional, com um mercado mais restrito, se valorizasse. Quem investe no cultivo deste grão geralmente recebe prêmios pagos pelos mercados compradores na Europa, em países como Suíça e Noruega  e também na Ásia.

Com a chegada definitiva da tecnologia da transgenia ao Brasil desde 2005, é preciso, no entanto, alguns cuidados para manter sua eficiência ao longo das safras, como o plantio de áreas de refúgio - um espaço de plantio (cerca de 20%) com sementes convencionais que fica ao lado da área semeada com grãos transgênicos, no intuito de diminuir as possibilidades do surgimento de pragas resistentes às sementes modificadas.

“Queremos a preservação da tecnologia e queremos que esta tecnologia embutida na semente faça valer o seu valor, ou seja, evitando aí o grande número de aplicações e protegendo a lavoura do produtor de suas lagartas”, afirma o diretor-executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins.

Fonte: G1

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