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Publicado em 08/07/2014
A americana Momentive espera iniciar em até 30 dias as obras de ampliação de seu parque fabril na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Fabricante de resinas, a empresa vai investir R$ 140 milhões no empreendimento, que deve ficar pronto em setembro de 2015. O objetivo é acompanhar o crescimento da indústria de painéis de madeira, principal consumidora de sua produção. A companhia estuda uma segunda etapa de investimentos, para daqui a dois anos, a depender da evolução do mercado até lá.
“Nos últimos anos nossos clientes fizeram uma série de investimentos, e estamos investindo para dar conta de atendê-los”, explica Cícero Luiz Ferreira da Silva, presidente da Momentive no Brasil e vice-presidente na América Latina. As resinas produzidas pela empresa são usadas para aglomerar as fibras, partículas e lâminas de madeira que compõem os painéis de MDF, MDP, OSB e compensados.
Segundo o executivo, embora as exportações de chapas de madeira tenham caído a partir de meados da década passada, afetadas pela retração do mercado norte-americano e pelo câmbio desfavorável, a demanda doméstica avançou. “As indústrias de móveis e da construção civil cresceram muito, em razão da grande expansão da classe média e de programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida e o cartão Construcard.”
Ferreira da Silva diz que a opção por investir no Paraná se deve principalmente a questões logísticas. “Poderíamos escolher São Paulo, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul. Mas, além de o governo estadual ter um plano que nos dá uma noção de estabilidade para os próximos anos, a operação do Porto de Paranaguá evoluiu muito”, diz o executivo. As três principais matérias-primas da empresa – metanol, ureia e melamina – são importadas.
Reforço
Faz parte da primeira etapa de investimentos a construção de uma nova fábrica de formaldeído, ao lado da unidade atual, o que vai ampliar a capacidade de produção da Momentive de 200 mil para 350 mil toneladas por ano. A empresa também passará a produzir até 50 mil toneladas por ano de emulsão de parafina e, por fim, vai modernizar a linha de resinas, cuja capacidade anual crescerá de 350 mil para 400 mil toneladas.
O complexo na CIC também vai abrigar o escritório central da empresa no Brasil. Além da unidade curitibana, a Momentive tem fábricas em Montenegro (RS), Paulínia (SP), Tacuarembó (Uruguai) e Cali (Colômbia). Entre seus clientes estão empresas como Duratex, Fibraplac, Arauco, Berneck e Sudati, a maioria com fábrica no Paraná.
Dados do IBGE indicam que, depois de despencar 45% entre 2005 e 2009, a fabricação de produtos de madeira no Paraná cresceu 63% de 2010 a 2013. Nos quatro primeiros meses deste ano, a produção subiu 10% em relação ao mesmo período do ano passado.
Empate
O faturamento da Momentive no Brasil avança mais de 10% ao ano há uma década. A perspectiva para este ano era de crescer 15%, mas, até agora, os resultados estão apenas empatando com os de 2013. “Prevíamos queda das vendas durante a Copa, mas elas começaram a cair um mês antes. Esperamos recuperar no segundo semestre”, diz o presidente da companhia, Cícero Luiz Ferreira da Silva.
Indústria paranaense caminha para fechar ano em queda, diz Fiep
O faturamento da indústria paranaense cresceu 9,3% na passagem de abril para maio, mas segue bem abaixo dos níveis de 2013. Na comparação com maio do ano passado, as vendas diminuíram 7,2% e, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2014, a queda chega a 4,8%. Uma retração que, ao que tudo indica, dificilmente será revertida até o fim do ano, informou ontem a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
De 18 ramos industriais, 11 estão faturando menos neste ano. Os recuos mais fortes são os das indústrias de vestuário (-12,2%), veículos (-15,2%) e material eletrônico, cujas receitas despencaram mais de 60%. Segundo a Fiep, o nível médio de utilização da capacidade instalada da indústria estadual foi de 76% em maio, abaixo dos 80% observados um ano antes.
“A indústria está longe de repetir o desempenho registrado no primeiro semestre de 2013, oferecendo, desde agora, sinais de que dificilmente se alcançará, em 2014, resultado superior ao registrado ao longo do ano passado”, disse, em nota, o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt.
Fonte: Gazeta do Povo
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