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Publicado em 27/06/2014
No atual cenário de controle de doenças nas principais culturas agrícolas, o tratamento de sementes
tornou-se fator fundamental para o sucesso da lavoura. Sabe-se que as sementes são o meio mais eficiente de dispersão
de doenças a longas distâncias e, assim sendo, torna-se primordial o conhecimento e a quantificação
de quais patógenos estão presentes no lote.
Têm-se hoje uma ampla gama de ingredientes ativos
e misturas disponíveis para tratamento de sementes, entretanto, os produtos possuem registros para determinados grupos
de patógenos e, apesar de existirem produtos com amplo espectro de ação sobre diferentes patógenos,
os fungicidas tendem a serem específicos. Nesse sentido, o primeiro passo para o sucesso do tratamento de sementes
é a realização de um teste de sanidade. Nota-se a cada nova safra que o agricultor vem adquirindo consciência
da importância desta ação para a tomada de decisão no tratamento a ser aplicado à lavoura.
Além de identificar e quantificar os patógenos, o teste de sanidade também é útil
na determinação da magnitude da fonte de inóculo, quantificação de quais patógenos
possuem potencial de transmissividade, como é o caso dos fungos de gêneros Colletorichum spp., Septoria spp., Fusarium spp. Cercospora spp.,
dentre outros. Existem diversos métodos para realização do teste de sanidade disponíveis, desde
os mais simples, como o rolo de papel e o blotter test, bem como os mais sofisticados, que envolvem técnicas
moleculares. Entretanto, é necessário ter conhecimento prévio sobre a especificidade e sensibilidade
de cada método, assim como os custos e o tempo disponível para realização destes.
De maneira geral, para identificar os principais gêneros de fungos que podem causar problemas na lavoura, o método
mais utilizado acaba sendo o blotter test, que leva cerca de sete dias para obtenção de resultados,
tem baixo custo, porém, requer experiência por parte do avaliador. No caso de Sclerotinia sclerotiorum,
patógeno que ataca diversas culturas e é transmitido via sementes, a maneira mais eficiente de detecção
é a utilização do meio de Neon. A identificação do patógeno se dá pela mudança
de coloração do meio que ocorre em função do ácido oxálico liberado pelaS. sclerotiorum.
Enfim, é indiscutível a importância dos testes de sanidade para o correto posicionamento do
tratamento de sementes, devendo-se ter em mente que alguns fatores como grau de contaminação da semente, parte
da semente que está infectada e condições de armazenamento das sementes terão grande influência
no sucesso do tratamento.
Fonte: Instituto Phytus/ Agrolink
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