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Publicado em 15/01/2014
Cientistas chineses afirmaram ter decodificado o genoma do gafanhoto-migratório, expondo "centenas" de genes que podem ser alvo de inseticidas. O código genético do Locusta migratoria é notavelmente grande, sendo o maior genoma de um animal decodificado até agora, segundo os pesquisadores na revista "Nature Communications".
Segundo eles, grandes aglomerados de genes do inseto estão associados com o voo de longa distância, o consumo de plantas e a metabolização de comida. Mas também há muitas seções repetidas e móveis de DNA, chamadas elementos transponíveis, que nunca foram eliminados pela evolução e permanecem no genoma, explicaram os cientistas.
Uma praga antiga capaz de comer o equivalente ao seu próprio peso corporal, o gafanhoto-migratório é capaz de causar fome e acabar com o sustento nos locais por onde passa.
Em um dos maiores eventos já documentados, em 1988, bilhões de gafanhotos ocuparam uma área de 29 milhões de quilômetros quadrados de terra em 60 países, chegando a cruzar o Atlântico, da África ao Caribe. O código genético é um esboço, mas depois de refinado, pode servir como um projeto para os cientistas que buscam por novas formas de atacar este inseto voraz.
A pesquisa, chefiada pelo Instituto Le Kang de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências de Pequim, levanta "centenas de genes alvos em potencial de inseticidas". O objetivo do trabalho é descobrir uma forma inteligente e ambientalmente correta de matar a peste. Trabalhos anteriores feitos sobre os gafanhotos-migratórios descobriram um mecanismo bioquímico que leva as criaturas a se aglomerar. Os gafanhotos-migratórios costumam ser solitários, mas são estimulados a se reunir em exames e procurar por comida coletivamente amontoando-se, o que libera serotonina, elemento químico responsável pela sensação de prazer. Quando estão em enxame, os gafanhotos mudam de cor, de verde para amarelo brilhante, e ganham músculos maiores que os capacitam a fazer voos de longa distância.
Fonte:G1
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