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Publicado em 13/01/2014
A economia paranaense deve crescer 5% no ano que vem, resultado ligeiramente melhor que o esperado para este ano, sendo a estimativa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
“Se a economia mundial parar de piorar e o governo federal parar de atrapalhar, devemos ter em 2014 um resultado até melhor que o deste ano”, disse o diretor-presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço, referindo-se ao que ele classifica de erros na política econômica do governo Dilma Rousseff.
As expectativas sugerem que o estado terá, novamente, um crescimento mais forte que o da economia brasileira. Bancos e consultorias ouvidas semanalmente pelo Banco Central preveem que o PIB nacional vai crescer 2,3% neste ano e 2% em 2014. Se essas previsões se concretizarem, o Paraná vai completar meia década de expansão acima da média brasileira.
As estimativas do Ipardes têm como base uma série de indicadores oficiais, e em grande parte deles o Paraná tem mostrado mais vigor que o restante do país. Recuperando-se da forte queda do ano passado, a produção industrial do estado, medida pelo IBGE, cresceu 5% de janeiro a outubro, bem acima da média nacional (1,6%). Também segundo o IBGE, no mesmo intervalo as vendas do comércio aumentaram 6,6% no Paraná e 3,4% no Brasil todo. As exportações paranaenses, por sua vez, cresceram 3,3% nos 11 primeiros meses do ano, enquanto os embarques do país baixaram 0,7%.
Pilares
Segundo Lourenço, a expansão do PIB paranaense, neste ano e no próximo, se sustenta em três pilares: a recuperação da renda do agronegócio, a vitalidade do mercado de trabalho e a execução de investimentos anunciados nos últimos anos. Segundo o governo estadual, ao qual o Ipardes é ligado, o programa de incentivos fiscais Paraná Competitivo atraiu R$ 26 bilhões desde 2011.
“O impacto do Paraná Competitivo em 2013 se deu principalmente no campo do emprego, com a construção de fábricas. Em 2014 e 2015, o efeito deve vir mais do início da produção dessas empresas, que também vão movimentar fornecedores com a compra de insumos”, diz Lourenço. “Além disso, o destravamento dos empréstimos solicitados pelo governo deve permitir novos investimentos.”
Comércio exterior
Em relação às exportações paranaenses, o ano de 2014 promete ser mais difícil. É o que indica uma estimativa feita pela Gazeta do Povo a partir de projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Para a entidade, as receitas brasileiras com produtos básicos vão cair 0,3% em 2014, e as vendas de semimanufaturados vão baixar 5%. O faturamento com os embarques de manufaturados, por sua vez, deve aumentar 1,2%.
A AEB espera reduções nas receitas com produtos como soja em grão (-7,7%), farelo de soja (-7,2%), óleo de soja (-12,5%), carne de frango (-8,1%), milho (-55,9%), açúcar bruto (-13,4%) e refinado (-10,2%), etanol (-10,6%), café solúvel (-0,6%), papel (-3,6%) e automóveis (-5,6%).
Por outro lado, deve subir o faturamento dos embarques de carne suína (16,1%), madeira serrada (1,4%), autopeças (3,2%), motores para veículos (5,5%), veículos de carga (10,2%), tratores (16,7%), chassis (16,2%), máquinas e aparelhos agrícolas (7%) e móveis (13,7%). “Indicadores de mercados mostram as commodities com viés de baixa contínua e suave, porém, sinalizando manutenção das quantidades embarcadas em 2013”, afirma a AEB. “Em contrapartida, produtos manufaturados serão influenciados pela maior taxa cambial. Porém, a retração e a restrição em mercados de destino (Argentina e Venezuela) poderão limitar os benefícios propiciados pela maior competitividade.”
Fonte: Gazeta do Povo
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