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Publicado em 09/01/2014
Técnicos da Emater do Paraná alertam que o temor de ataques severos da lagarta Helicoverpa armigera — nova praga da soja, que dizimou lavouras na Bahia um ano atrás — levou ao uso desnecessário de inseticidas na agricultura. Eles monitoram 200 áreas (algumas com 85 dias) e dizem que, até o momento, o manejo mais adequado, nos lotes afetados, foi de apenas uma aplicação.
Na vizinhança dessas áreas, no entanto, há produtores que já fizeram até cinco aplicações, relata o agrônomo Celso Seratto, coordenador de programas de manejo da Emater na região de Maringá, considerando evidente também que o uso de produtos mais fortes está sendo feito desnecessariamente. “A gente faz um trabalho de monitoramento e só recomenda o uso de defensivo quando a população de lagartas aumenta. Em muitos casos, os próprios inimigos naturais estão controlando as pragas ante desse limite. Quem usa produtos mais fortes acaba matando também os inimigos naturais das lagartas e agravando o desequilíbrio ambiental”, alerta.
Das 200 áreas monitoradas, em 130 o foco é o controle de pragas e em 68, as doenças, detalha o coordenador estadual desses programas, o agrônomo Nelson Harger. Ele prevê que o número de pulverizações nessas propriedades será bem menor do que a média. “Com uma ou duas aplicações, deveremos controlar a Helicoverpa armigera. E a previsão é que o Paraná faça 5,5 aplicações”, compara.
Através de estudos e pesquisas, os agrotóxicos podem ser substituídos por um controle biológico, caracterizado plea utilização de métodos "limpos" - que não poluem o meio ambiente, não deixam resíduos nos alimentos, nem causam problemas de saúde aos trabalhadores rurais. Desta forma, a situação acima apresenta uma possibilidade para que a indústria paranaense se desenvolva como referência em biotecnologia para fitossanitários, uma das visões de futuro que fazem parte do Roadmapping de Biotecnologia aplicada à indústria agrícola e florestal, buscando assim uma produção agrícola mais sustentável.
Fonte: Gazeta do Povo
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