O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 06/12/2013
O engenheiro agrônomo Mateus Marrafon, de 29 anos, formado pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), em Bandeirantes, observando as dificuldades da mãe no plantio de milho, decidiu enquanto ainda estudava propor à disciplina de mecanização agrícola um projeto que facilitasse a semeadura para os pequenos produtores. Após cinco anos, a fita biodegradável criada por ele e patenteada como “semeadura de precisão” será financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, entidade mantida pela Microsoft.
A proposta foi escolhida entre 2,7 mil projetos submetidos ao edital deste ano da fundação e obteve um investimento de US$ 100 mil. Os recursos, segundo o engenheiro, serão usados no aperfeiçoamento da iniciativa e em testes no continente africano. A expectativa é que o protótipo contribua para aumentar em até 50% a produtividade na agricultura familiar.
A fita desenvolvida à base de celulose e com micronutrientes envolve as sementes para o plantio. Quando depositada no solo, ela permite a colocação das sementes com o espaçamento ideal entre elas, sem a necessidade do uso de máquinas agrícolas. Desta forma, não é preciso regular a distribuição de sementes, possibilitando que qualquer pessoa consiga plantar.
Prêmio
Desde que o projeto foi criado, em 2008, o inventor busca parceiros para levá-lo adiante. Antes de ser selecionado pela fundação de Bill Gates, a iniciativa rendeu ao jovem o prêmio Jovem Inventor, promovido pelo Canal Rural e pela empresa Massey Ferguson.
O engenheiro salienta que entre os benefícios está o fato de o produtor não precisar se preocupar com a escolha da semeadura adequada para a região ou com a quantidade de micronutrientes que serão utilizados por hectare. “A vantagem da fita é que o pequeno agricultor, que não tem o agrônomo do lado dele e que não tem a semeadura mais nova do mercado, neste caso passa a ter condições, consegue ver a diferença na plantação”, diz.
O invento pode ser usado para o plantio de qualquer tipo de cultura, desde grãos a hortaliças. Há ainda a possibilidade de adicionar às fitas sementes de abóbora e melancia, por exemplo, para diversificar a plantação. Por enquanto, o material é produzido por Marrafon em Ribeirão Preto (SP). Atualmente, as semeaduras com a fita estão sendo feitas em Minas Gerais e comparadas com o plantio mecanizado na região.
Fonte: Gazeta do Povo
Envie para um amigo