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Publicado em 07/11/2013
O Paraná está mobilizando técnicos e produtores com a adoção de uma ampla campanha de conscientização para reduzir riscos ambientais e evitar que eles se revertam em perdas no bolso de cada um.A Campanha Plante Seu Futuro que está
sendo lançado nesta terça-feira (05) em Cascavel visa estimular produtores e técnicos a adotarem
técnicas sustentáveis de plantio e na condução das lavouras, priorizando os cuidados com o solo
que é o bem mais precioso do produtor.
A Campanha foi apresentada em todas as regiões do Estado
em quatro seminários realizados na primeira semana de novembro nos municípios de Cascavel, Londrina, Maringá
e Ponta Grossa. De acordo com o coordenador estadual do programa Celso Seratto, essa ação surgiu em resposta
à demanda da sociedade que está preocupada com a incidência de novas pragas e resistência de outras
mais antigas, o que induz o agricultor a aplicar cada vez mais agrotóxicos, em prejuízo à saúde
do próprio agricultor, à sua renda que certamente é menor em função da compra desses produtos
e ao consumidor, que deixa de ter acesso a oferta de alimentos seguros.
Segundo o secretário da Agricultura
e do Abastecimento, Norberto Ortigara, uma das lideranças desse movimento, o programa visa unificar numa mesma plataforma,
para execução, todas as técnicas de sustentabilidade disponíveis pelas empresas de pesquisas do
poder público e da iniciativa privada.
O objetivo é estimular o produtor a produzir com qualidade, reduzir
os custos de produção das lavouras com o uso racional dos agroquímicos e oferecer alimentos seguros à
sociedade, cuidando da preservação do meio ambiente. “Será uma grande ação da sociedade
paranaense para adotar estratégias rumo a um modelo de produção sustentável, seguro e ambientalmente
correto”, disse Ortigara.
A Campanha terá como meta a retomada de técnicas já conhecidas
do agricultor como o Manejo Integrado de Solos e Águas, Manejo Integrado de Pragas, Manejo Integrado de Doenças,
Manejo Integrado de Plantas Invasoras, Tecnologias de Aplicação de Agrotóxicos e Controle de Formigas
Cortadeiras.
Para Ortigara, com a adoção de técnicas sustentáveis disponíveis pelos
institutos de pesquisas o produtor será um dos maiores beneficiados com a redução nos custos de produção
e com a preservação da fertilidade do solo. E a sociedade com um todo também será beneficiada
com o consumo de alimentos seguros.
Para isso, será necessário envolver os técnicos nessa mobilização
para que um número maior de agricultores possam ser bem orientados na aplicação de boas práticas
de produção em suas propriedades, que certamente farão a diferença no bolso e na qualidade de
vida de cada um.
A Campanha já conta com a adesão de cerca de 40 parceiros que representam os produtores, cooperativas, agentes
financeiros, sindicatos, empresas de assistência técnica e outros. “Todos estão mobilizados para
que o Paraná volte a ser referência em técnicas de sustentabilidade no plantio e condução
das lavouras e pecuária”, justificou Ortigara.
Para conseguir uma adesão maior dos produtores,
estão sendo adotadas estratégias de difusão de tecnologia de forma coletiva. Serão instaladas
150 unidades demonstrativas para os produtores e serão realizados 11 seminários em todo o Estado para técnicos
agropecuários do poder público e da iniciativa privada.
Competitividade
Ortigara
ressaltou que o Paraná deve avançar rumo à prática de uma agricultura mais moderna, com redução
no uso de agrotóxicos e colheita de alimentos mais saudáveis. “Estamos perdendo dinheiro por deixar de
recorrer a técnicas que sabemos fazer e por isso estamos perdendo competitividade”, ressaltou.
Para
o secretário, os parceiros nessa campanha têm um trabalho árduo pela frente para remover práticas
que devem ser extintas. O secretário lembrou que o nível de compactação do solo e de erosão,
resultante do plantio contínuo de soja e milho, com uso intensivo de produtos químicos está preocupante
e se medidas de correção não forem adotadas agora, ele questiona a continuidade dos elevados níveis
de produtividade das lavouras paranaenses no futuro.
Na primeira etapa, a campanha deve abranger a área de
soja, com foco no controle de pragas como lagartas e percevejos, e de doenças como a ferrugem asiática, além
de trabalhar com o manejo de solos e água para evitar a erosão. Posteriormente, as ações serão
voltadas para o milho safrinha, milho, feijão, olericultura e fruticultura.
A campanha tem como promotores
a Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Organização das Cooperativas do Paraná,
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná, Emater, Iapar, Embrapa e Itaipu Binacional.
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