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Publicado em 17/10/2013
A agricultura brasileira economiza entre R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões por ano apenas por praticamente não usar fertilizantes nitrogenados na produção de soja, graças a inovações que deverão se propagar para outras culturas e tornar o setor agrícola brasileiro "imbatível". É o que afirma o presidente da Embrapa, Maurício Antonio Lopes, que um dos debatedores sobre inovação e competitividade internacional no Fórum Público da Organização Mundial de Comércio (OMC), que ocorre uma vez por ano em Genebra com participação de governos, empresas, organizações não governamentais e acadêmicos..
Lopes salienta que a agricultura brasileira está investindo em ciência e inovação para garantir uma produção segura e cada vez mais "vertical", aumentando eficiência, produtividade e práticas sustentáveis, e não horizontal, com desmatamento para a abertura de novas áreas."Há uma percepção de que a agricultura não usa inovação. É o contrário, principalmente no caso da agricultura brasileira", afirma o presidente da Embrapa, que trouxe na bagagem exemplos de revoluções em curso ou que virão no setor.
Um de seus exemplos é justamente como o Brasil conseguiu desenvolver a fixação biológica de nitrogênio na soja. "Nossa soja não usa nitrogênio químico. Usamos bactérias inoculadas na semente; quando a planta cresce, a bactéria coloniza a raiz e absorve o nitrogênio do ar. Só isso economiza entre R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões em importações de fertilizantes nitrogenados apenas na cultura da soja".
Outro exemplo trazido pelo presidente da Embrapa: o plantio direto. Ele lembra que, atualmente, o país tem mais de 30 milhões de hectares de plantio em sistema direto, sem a necessidade de que o solo seja arado. A estatal está investindo também em estudos sobre mudanças climáticas e os possível impactos que podem acontecer caso as previsões de elevação da temperatura se confirmem. Isso pode intensificar problemas de defesa sanitária, novas pragas e doenças, e a faixa de adaptação de cultivo poderá mudar.
A expectativa é que até o fim do ano o Senado aprove a criação da subsidiária Embrapa Tech, que será o braço de operação no mercado da estatal, com o objetivo de agilizar a definição de acordos com o setor privado e transformar mais rapidamente os ativos da Embrapa em novos produtos e inovação para a agricultura (leia reportagem completa).
Desde 2009, o Sistema Fiep, através dos Observatórios Sesi/Senai/IEL, realiza o projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para a Indústria Paranaense. Um dos setores atendidos pelo projeto é o setor de biotecnologia agrícola e florestal. O principal objetivo da articulação setorial consiste em fornecer informações estratégicas e promover a interação entre representantes de setor para a concretização das ações previstas no roadmapping. A inovação sendo utilizada como ferramenta de desenvolvimento da agricultura brasileira reforça estas ações estruturantes, contribuindo para a concretização das visões de futuro do setor, principalmente influenciando os fatores críticos P&D, Tecnologia e Inovação e Articulação entre Atores.
Com informações de Valor Ecômico.
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