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Publicado em 08/10/2013
No mês de setembro a Embrapa Trigo organizou um workshop para discutir medidas para contenção e manejo de um complexo de pragas muito nocivo e que está se expandindo rapidamente na América do Sul : o ácaro do trigo e vírus associados.
Esta praga do trigo é o ácaro Aceria tosichella, também transmissor dos vírus WSMV (Wheat streak mosaic vírus), HPV (High plains vírus) e Triticum mosaic virus (TriMV). Os cientistas denominam este complexo de pragas de patossistema, presente em triticultura nos altiplanos dos EUA, Europa e em extensas áreas produtoras na Austrália. É um dos principais problemas deste tipo de cultura, podendo causar perdas totais aos cultivos em anos com condições climáticas favoráveis a sua proliferação. Na Argentina, doenças causadas por esse complexo de pragas vêm ocorrendo desde 2002 em diversas províncias e, por isso, já é considerado um problema grave para os cultivos de trigo neste país.
Em 2012 foi iniciado o projeto para contenção e manejo do complexo de pragas do trigo entre a Embrapa e o INTA, sob a liderança do pesquisador Douglas Lau da Embrapa Trigo em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O objetivo principal é definir estratégias para conter a expansão do complexo de pragas na Argentina e no Brasil, onde o ácaro vetor e um dos vírus, o WSMV, foram recentemente detectados.
Pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Denise NaviaMarcio Sanches e Norton Polo Benito) participaram do evento, onde apresentaram os resultados de estudos sobre a caracterização de linhagens do ácaro vetor; métodos de detecção dos vírus WSMV, HPV e TriMV e mapeamento das áreas de risco para o vetor A. tosichella no Brasil, respectivamente.
Segundo Navia, a cooperação Embrapa/INTA tem possibilitado a avaliação de variedades de trigo brasileiras em áreas de alto risco na Argentina. Também enfatiza que projetos similares a esse devem ser estendidos a outras pragas quarentenárias presentes ou que estejam na iminência de introdução no país. “A adoção de medidas de prevenção e mitigação de danos causados por pragas agrícolas podem evitar perdas como as que a lagarta Helicoverpa armigera vem ocasionando ao agronegócio brasileiro”, finaliza Navia.
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