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Projeto de melhoramento genético irá desenvolver variedade de quinoa adequada às regiões paranaenses

Publicado em 04/09/2013

Sendo o cultivo da quinoa incipiente no Paraná, a Unioeste desenvolve pesquisa para a seleção de diferentes genótipos de quinoa com potencial de compor uma nova variedade que se adapte a região.

A quinoa é considerada um “pseudo” cereal, isenta de glúten, que contem todos os aminoácidos essenciais, oligoelementos e vitaminas necessárias para a sobrevivência. Segundo o pesquisador Edmar Soares de Vasconcelos do curso de Agronomia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a quinoa pode ser utilizada como complemento nutricional na alimentação de humanos, suínos e aves, devido ao seu excelente equilíbrio nutricional.

clique para ampliar>clique para ampliarQuinoa (Foto: Divulgação)

O cultivo de quinoa na região sul do Brasil está em fase inicial, não existindo um volume de sementes para o cultivo em larga escala. O professor Edmar Vasconcelos, também doutor em Genética e Melhoramento, afirma que devido ao fato das sementes de quinoa serem provenientes em sua maioria de regiões de clima frio e seco, possuem potencial para serem utilizadas como culturas de rotação ou culturas de menor risco na época do inverno.

O projeto realizado pela Unioeste, coordenado pelo pesquisador, possui como objetivo analisar e comparar diferentes genótipos de quinoa, para que ocorra uma seleção daqueles com potencial para comporem uma nova variedade adaptada às regiões paranaenses. Para isto, durante 2 anos serão avaliados 17 genótipos de quinoa, na região de Marechal Cândido Rondon e Entre Rios do Oeste em duas épocas de semeadura diferentes. Após tal experiência, os cinco melhores genótipos serão avaliados em um maior número de locais.

Para que a quinoa geneticamente modificada tenha sucesso quando cultivada pelos produtores, são necessárias também pesquisas em regulagem e adaptação de máquinas e equipamentos. No Brasil não existem muitas informações sobre os ajustes para este tipo de cultura, sendo necessário estudos sobre maneiras de reduzir as perdas e as sementes danificadas. 

Projetos e iniciativas de pesquisa em genética e melhoramento vegetal reforçam a visão de futuro de número 2, que vislumbra o Paraná como referência em genética e melhoramento vegetal. O fator crítico P&D/T&I descreve ações estruturantes acerca da proposição de pesquisas que possam configurar como elementos para o fortalecimento de um Centro de Pesquisa em biotecnologia com ênfase nesta temática. 

Fonte: Fundação Araucária

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