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Publicado em 02/08/2013
Em busca de tornar a atividade agrícola cada vez mais sustentável, o Brasil tem a meta de substituir os agrotóxicos usados no país por produtos biológicos. Hoje, apenas 5% dos agrotóxicos registrados no país são biológicos, mas a expectativa é chegar ao índice de 10% até 2015 (Fonte: Revista Globo Rural). Um dos caminhos para concretizar esta meta é o registro de defensivos biológicos junto aos órgãos responsáveis: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Um mercado que movimenta cerca de US$ 10 bilhões por ano, as fabricantes de agrotóxicos estão cada vez mais voltadas à produção de defensivos sustentáveis.
Um exemplo da necessidade da busca por alternativas de controle de pragas é o recente aparecimento da lagarta Helicoverpa armigera em lavouras de soja, milho e algodão transgênicos. A ineficiência do tratamento convencional com agrotóxicos assusta produtores e representa um desafio para os órgãos públicos envolvidos na defesa sanitária vegetal do país. Segundo o Jornal Diário da Manhã (Goiânia, GO), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) propõe criar um sistema de alerta, o chamado “Consórcio Manejo Helicoverpa”. O sistema deverá se responsabilizar pelo fomento e monitoramento de redes de pesquisa para avaliação de produtos químicos e biológicos, além da indicação de boas práticas agrícolas para a retroalimentação anual das recomendações técnicas a serem adotadas.
Possíveis causas. A Embrapa considera que o crescimento populacional de lagartas do gênero Helicoverpa e consequentes prejuízos aos sistemas de produção foram ocasionados por um processo cumulativo de práticas de cultivo inadequadas. Geralmente, as práticas são caracterizadas pelo plantio sucessivo de espécies vegetais hospedeiras (milho, soja e algodão) em áreas muito extensas e contíguas associadas a um manejo inapropriado dos agrotóxicos. Isso tornou o agroecossistema progressivamente suscetível a doenças e aos insetos-praga devido à farta disponibilidade de alimentos, sítios de reprodução e abrigo durante quase todo o ano. Estes fatores, associados, contribuem para uma significativa mudança na diversidade de espécies vegetais invasoras e na ampliação de espécies e populações de patógenos e artrópodes associados às plantas cultivadas.
Oportunidade para o Paraná. No contexto do projeto "Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense", do Sistema Fiep, através dos Observatórios Sesi/Senai/IEL, os especialistas do setor de biotecnologia agrícola e florestal entenderam como prioridade atender ao fator crítico "Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Tecnologia". A partir deste fator crítico foram desenhadas quatro visões de futuro, entre as quais está a visão de que o Paraná passe a ser "referência em biotecnologia para fitossanitários". A busca por soluções alternativas no combate a pragas das lavouras através de defensivos biológicos confirma esta visão de futuro e ressalta a importância de investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de produtos para atender às demandas do mercado.
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