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Publicado em 24/06/2013
Uma pesquisa recente da Embrapa
Solos está ganhando evidência este ano, quando se comemoram os 40 anos da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Trata-se do tomate ecológico. Os pesquisadores
desenvolveram um modo de plantar o tomate, envolvendo diversas técnicas que diminuem o impacto do uso de pesticidas.
"E nós controlamos a quantidade do fruto, por análise de laboratório, com apoio da Fundação
Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), com relação ao teor desses pesticidas no tomate", disse à Agência Brasil o chefe de pesquisa e desenvolvimento
da Embrapa Solos, Daniel Vidal Perez.
Essa técnica já vem sendo divulgada e transferida aos
produtores do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo, Goiás. A Embrapa Solos está
em processo de certificação da qualidade desse material a fim de que o produtor que trabalhe com a técnica
possa ter um diferencial de mercado.
O pesquisador destacou que a partir de 2007, ocorreu uma crise na área
de fertilizantes no Brasil, devido ao alto custo que apresentam. Boa parte dos fertilizantes usados no território é
importada. "Nós não temos capacidade de produção. Um exemplo clássico é o potássio.
O Brasil importa praticamente 95% do potássio que consome. E as fontes naturais estão acabando".
Por
isso, a empresa está buscando alternativas que sejam fontes desses nutrientes, mas que permitam também mudar
a forma como o fertilizante libera esse nutriente para a planta, que hoje ocorre de maneira imediata, como a grande maioria
dos fertilizantes convencionais. Daniel Vidal Perez explicou que a Embrapa Solos trabalha em pesquisas que
envolvem, inclusive, nanotecnologia, para que o fertilizante tenha capacidade
de liberar os nutrientes ao longo do tempo. Isso beneficia o meio ambiente e melhora também a eficiência do próprio
elemento para a nutrição da planta.
Hoje, a Embrapa Solos já tem produtos desenvolvidos
que vão da porta da fazenda até a indústria. Um deles utiliza cama de aves (resíduo gerado da
criação de frangos de corte em granjas) e dejetos de suínos.
A articulação da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal desenvolve um trabalho de prospecção de futuro no setor. O Workshop “Oportunidades de negócios no relacionamento entre universidade e empresa”, que acontece nos dias 24 e 25 de Julho em Maringá (PR) é resultado desta articulação.
Acompanhe a programação no site www.fiepr.org.br/observatorios/biotec-agricola-florestal
Embrapa no Brasil e no Paraná
A Embrapa é constituída
por 47 unidades descentralizadas de pesquisa e serviço, além de 15 unidades centrais. Ela reúne 9.795
empregados, sendo 2.427 pesquisadores, dos quais 81% têm doutorado. A empresa desenvolve atualmente, na área
externa, 100 projetos de cooperação técnica com 27 países.
O estado do Paraná abriga duas Unidades da empresa: a Embrapa Florestas, em Colombo, e a Embrapa Soja, em Londrina.
A Embrapa Florestas tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade florestal em benefício da sociedade brasileira. Em 35 anos de existência, colocou um significativo número de tecnologias à disposição do setor florestal brasileiro.
Entre as tecnologias pesquisadas, estão as voltadas para todas as fases do manejo florestal, tanto de espécies nativas quanto introduzidas; melhoramento genético; manejo integrado de pragas; recuperação de áreas degradadas; sistemas agroflorestais; produtos não-madeireiros; monitoramento ambiental e temas mais recentes como florestas energéticas; mudanças climáticas; integração lavoura-pecuária-floresta, biotecnologia florestal e nanotecnologia.
A Embrapa Soja tem como missão viabilizar, por meio de pesquisa, desenvolvimento e inovação, soluções para a sustentabilidade das cadeias produtivas da soja e do girassol, em benefício da sociedade brasileira. Por sua contribuição histórica ao agronegócio da soja no Brasil, a Embrapa Soja é reconhecida como referência mundial no desenvolvimento de tecnologias para a cultura da soja em regiões tropicais, com efetiva contribuição em manejo e conservação de solos, manejo da cultura, manejo integrado de pragas, melhoramento genético, fixação biológica do nitrogênio, tecnologia de sementes, soja na alimentação humana, zoneamento agroclimático e biotecnologia, entre outras áreas de pesquisa. A Unidade também é responsável pela pesquisa de girassol para todo o território nacional e pela pesquisa de trigo, desenvolvida em parceria com a Embrapa Trigo (Passo Fundo - RS) e o Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR (Londrina, PR) para o Estado do Paraná.
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