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Publicado em 17/06/2013
A Fundação Araucária, vinculada à Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia e que investe
e apoia pesquisas e inovação, está oferecendo 15 bolsas para professores desenvolverem projetos
de pós-doutorado em empresas privadas. Eles receberão R$ 5,8 mil por mês durante três anos.
Esta é a segunda edição do programa, que é desenvolvido em parceria com a Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e com Centro Internacional de Inovação
do Senai.
O presidente da fundação, Paulo Brofman, destaca que a primeira edição contemplou
projetos que estão sendo desenvolvidos tanto em micro e pequenas empresas como em empresas de porte nacional e internacional.
“Queremos estimular esta inserção para o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica
nestes locais. Iniciativas como estas beneficiam o pesquisador e a empresa e, também, direta ou indiretamente toda
a comunidade, já que o projeto não fica só no meio acadêmico, mas também é transformado
em produto ou serviço para a sociedade”, afirma.
O coordenador geral de programas estratégicos
da CAPES, Manoel Santana Cardoso, lembra que doutores em empresas no Brasil é algo muito recente em relação
ao que acontece em outros países. “Ainda falta diálogo entre as partes. É preciso aproximar o pesquisador,
o empresário e o Estado. Desta forma, todos acabam percebendo o tamanho do benefício que terão”,
avalia.
Cardoso enfatiza, ainda, que o Paraná é muito atuante em pesquisas, mas, como acontece em
todo o país, tem um potencial que o setor industrial ainda não percebeu. “Não se faz pesquisa sem
recurso. O governo federal e alguns governos estaduais, a exemplo do Paraná, vêm investindo em PDI (Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação); porém, é necessário que haja mais recursos também do
setor privado”, defendeu.
CASO DE SUCESSO - O Paraná já conta com casos de sucesso a partir
da utilização desses bolsistas, como por exemplo, a empresa Arauco Forest Brasil S.A. A empresa usa como matéria-prima
pinus e eucaliptos para a produção de painéis e pisos de madeira. “Enfrentávamos um grande
problema com relação ao uso de agrotóxicos no combate de formigas cortadeiras. Com o trabalho da nossa
bolsista alcançamos ganhos ambientais e econômicos, pois conseguimos diminuir o uso desses produtos”, informa
o gerente do setor de pesquisa da empresa, Rodrigo Coutinho.
A bióloga e doutora em Entomologia Mariane Nickele,
pesquisadora que atua na Arauco, descobriu sete espécies diferentes de formiga cortadeira, apesar de ter iniciado há
pouco o trabalho. “Com isso, podemos identificar o momento e a quantidade adequada para aplicação dos
agrotóxicos, sem causar danos ambientais e aumentando a qualidade daquilo que é produzido”, explica.
De acordo com o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, o programa de bolsas
Pós-Doc, especialmente no momento que o Paraná está vivendo e com os benefícios trazidos pela
Lei Estadual de Inovação, vem fortalecer a aproximação tão necessária do setor produtivo
e do meio acadêmico. “A Fundação Araucária é o nosso braço forte para apoiar
o desenvolvimento, buscando recursos para fortalecer o setor produtivo na área da ciência e tecnologia, gerando
inovação”, destaca.
O deputado federal e integrante da comissão de elaboração
do novo Código Nacional de Ciência e Tecnologia, Alex Canziani, ressalta o círculo virtuoso que a iniciativa
gera. “Com esse programa, as empresas são beneficiadas, inovando produtos e processos e, consequentemente, isso
acarreta o desenvolvimento do Estado e país”, avalia.
O edital do Programa de Bolsas de Pós-Doutorado
em Empresas estará disponível no site www.fundacaoaraucaria.org.br.
Fonte: Agência Paraná de notícias.
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