Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube
Enquete

O que achou do novo blog?

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Seminário discute tecnologias para plantas infestantes

Publicado em 27/05/2013

Soluções para o problema da infestação de plantas daninhas de difícil controle. Embrapa realizou Seminário para debater o assunto.

A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), realizou um Seminário para debater o assunto na 49ª Expoagro, em Dourados. O evento realizado pela Embrapa e pelo Sindicato Rural contou com a participação de produtores, especialmente os de soja e de milho, estudantes e agentes da assistência técnica e extensão rural.

O primeiro a palestrar foi o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Germani Concenço. Ele enfatizou a necessidade de se realizar o manejo integrado de tecnologias para não haver seleção de espécies resistentes. "É preciso que se tome consciência da importância da diversificação. Há cerca de treze anos, o Brasil possuía oito espécies resistentes e, atualmente, esse número passou para 31. A buva é um dos grandes problemas, mas isso não é aceitável, porque sabemos que ela tem uma série de características que a torna de mais fácil manejo".

O pesquisador ressalta ainda que, há treze anos, não havia no Brasil plantas resistentes ao glyphosate, herbicida-base para sistemas como o plantio direto. “Em 2013 existem cinco espécies com resistência ao glyphosate”, ressalta o pesquisador, “e a perspectiva é que sejam selecionadas outras espécies daninhas com resistência a herbicidas em um futuro próximo, principalmente devido ao manejo equivocado”.

A orientação é diversificar o manejo, realizar a rotação de culturas e de herbicidas, deixar o solo coberto o ano inteiro (consórcio milho-braquiária e ILP são exemplos), focar em herbicidas pré-emergentes, reduzir o número de aplicações de herbicidas – consequência natural da integração de métodos de manejo –, e diversificar as variedades de grãos entre transgênicos e não-transgênicos. “No caso das variedades convencionais, sua função no sistema produtivo, com foco no manejo de plantas daninhas, é permitir a rotação de princípios ativos e reduzir a pressão de seleção de biótipos resistentes”, disse.

Segundo Concenço, para que o sistema funcione adequadamente, é necessária comunicação por parte dos intermediários entre pesquisa e setor produtivo. "Cada personagem do setor produtivo – pesquisa, assistência técnica, produtor rural, governo, e indústria química –, deve se focar na criação de alternativas e incentivos à superação dos problemas ocasionados pelas plantas resistentes", enfatiza.

A segunda e terceira palestras abordaram a questão de variedades transgênicas e convencionais de soja e milho da Embrapa. O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Lasaro P. de Melo falou sobre o programa de melhoramento da soja Cultivance, nova variedade de soja transgênica da Embrapa desenvolvida em parceria com a Basf.

A soja Cultivance é uma tecnologia transgênica que confere à soja tolerância a herbicidas do grupo químico das imidazolinonas. Dentre as vantagens desta tecnologia, estão a utilização de doses muito baixas do herbicida e a baixa toxicidade ao ser humano e animais, por atuar em uma enzima (ALS) inexistente nestes organismos. Esta tecnologia também permitirá ao produtor acompanhar a tendência mundial de foco em herbicidas pré-emergentes para o manejo de plantas com resistência a determinados herbicidas. Essa cultivar já foi aprovada pela CTNBio para ser cultivada no Brasil, mas precisa ainda da aprovação do mercado externo para seu lançamento. A previsão é que seu lançamento aconteça na safra 2015/2016, juntamente com o herbicida Soyvance.

Apesar do Brasil ser o segundo maior produtor de transgênicos do mundo, e de ter cultivado cerca de 24 milhões de hectares de soja transgênica na safra 2012/13, Melo afirmou que ainda há espaço para as cultivares não-transgênicas. Segundo o pesquisador, o mercado busca pelas convencionais para atender a demandas de produtores e consumidores que procuram por soja para alimentação humana e soja orgânica, por exemplo. "Além disso, instituições públicas, como a Embrapa, precisam desenvolver tecnologias alternativas e sustentáveis, garantindo aos produtores e consumidores alternativas de cultivo e consumo", afirma.

O pesquisador também ressaltou que muitas empresas privadas não deram continuidade no programa de melhoramento de soja convencional, semelhante ao que têm ocorrido nos Estados Unidos e na Argentina. "É importante ter um bom germoplasma convencional para inserir novos genes transgênicos, tanto em parceria quanto em desenvolvimento próprio. E a Embrapa continua suas pesquisas tanto com convencionais quanto transgênicos", afirmou.

Já o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG), Paulo E. Guimarães, falou sobre o desenvolvimento de cultivares de milho não transgênicas na Embrapa. "Desenvolvemos 35 híbridos e 42 variedades dentro do programa de melhoramento de milho da Embrapa".

Com relação às convencionais, especificamente, existem várias opções no mercado que são competitivas com as transgênicas e com custo bem menor de sementes. "São cultivares muito importantes no manejo integrado de plantas daninhas: milho safrinha – soja RR e milho safrinha consorciado com braquiária".

Ao fim das apresentações, os palestrantes debateram o tema com o público participante. "Precisamos de fóruns como esse para discutir a forma como essa situação de plantas resistentes será resolvida, e para contribuir com o Brasil, que tem a oportunidade ímpar de se firmar no mundo como grande produtor de alimentos, fibra e energia", afirmou o chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas.

Fonte: MS Notícias.

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail
 
Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube