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Publicado em 21/05/2013
Na Europa, há algum tempo se discute sobre o possível efeito de um grupo de pesticidas, os neonicotinóides, sobre a acentuada mortandade de abelhas observada desde 2005. Recentemente, a Syngenta e a Bayer, duas das maiores produtoras de pesticidas, sugeriram a criação de campos mais floridos para fornecer mais habitats para as abelhas. Além disso, as fabricantes também recomendaram um programa de monitoramento de campo para detectar os pesticidas neonicotinoides, responsabilizados pela redução nas comunidades de abelhas.
No entanto, as fabricantes alegam que antes de banir os produtos, é necessário desenvolver mais pesquisas para provar se eles realmente causam dano às abelhas, algo que as produtoras até hoje negam. "Esse plano abrangente trará visões valiosas para a área da saúde das abelhas, enquanto que a proibição dos neonicotinoides simplesmente fecharia a porta para entender o problema", comentou John Atkin, diretor do escritório de operação da Sygenta, em uma declaração.
Nos Estados Unidos (EUA), situação semelhante foi observada. Abelhas polinizadoras continuam morrendo em grande número, ameaçando o setor de apicultura, que torna possível grande parte da produção de frutas e vegetais do país. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontou no início de maio, que a população de abelhas diminuiu 31,1% no Hemisfério Norte no último inverno ante igual período do ano anterior, dando continuidade a uma tendência que começou em 2005 (leia).
Principais causas
Dan Cummings, executivo-chefe da Capay Farms, que produz nozes e amêndoas, disse não esperar que a colheita de amêndoas sofrerá por falta de abelhas, mas a escassez de polinizadores pode estimular os preços. Depois de fertilizantes, as abelhas são a sua segunda maior despesa. "Eu acho que teremos de trabalhar mais para manter as abelhas e gastar mais dinheiro", disse Cummings, que faz parte de um grupo de pesquisa do financiamento para tornar o negócio de abelhas mais viável, inclusive investigando se outra espécie poderia complementar o trabalho.
Atualmente, sabe-se que a polinização das abelhas tem uma grande importância não só para os ecossistemas, mas para a economia. Estima-se que só nos EUA ela valha entre US$ 8 e 12 bilhões, na UE, US$ 22 bilhões, e no mundo todo, US$ 153 bilhões por ano. Em vista deste cenário, a busca por alternativas à utilização de defensivos químicos pode vir a ser um importante meio em busca do equilíbrio dos ecossistemas.
Para mais informações, leia aqui.
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