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Publicado em 29/04/2013
Entre os dias 18 e 19 de abril, ocorreu o II Simpósio Internacional de Nanobiotecnologia, em Curitiba (PR). Organizado pelo Dr. Bonald Figueiredo, do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (IPPPP) e Presidente do Simpósio, e com apoio do Sistema Fiep, o evento atraiu mais de mais de 450 profissionais, entre pesquisadores, estudantes, representantes do governo e empresas.
A pesquisadora do IPPPP, Dra. Katherine A. Carvalho, representante da instituição no grupo de articulação “Rodada de Negócios Universidade-Empresa”, da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal - Observatórios Sesi/Senai/IEL, apresentou os resultados das pesquisas para aplicação na terapia celular e o uso da nanobiotecnologia na medicina regenerativa. A Dra. Francine Valenga apresentou os resultados das pesquisas para o desenvolvimento de técnicas para produção de polissacarídeos. O projeto foi realizado através de uma parceria entre o IPPPP e a Universidade Federal do Paraná. Os pesquisadores buscam alternativas nacionais de polissacarídeos, produzidos a partir de matéria-prima proveniente da biodiversidade brasileira, em substituição aos produtos importados. Segundo a pesquisadora, em 2012 o Brasil importou galactomananas (um tipo de polissacarídeo) na ordem de 36 bilhões de dólares.
Além de palestras de alto nível técnico, o evento contou com a apresentação de cases, como a Rede ELINOR, que desenvolve produtos promissores com o uso de nanobiotecnologia no diagnóstico de doenças e outras aplicações. A Fiocruz Paraná apresentou o projeto NanoSUS, que tem como proposta desenvolver protótipos com o uso da nanobiotecnologia específicos para demandas do SUS. O projeto prevê a construção de um Centro de Pesquisa – a plataforma NanoSUS – que irá centralizar as diferentes disciplinas envolvidas no processo.
Na Mesa Redonda “Investimentos, incentivos e crescimento em publicações científicas: Brasil, Canadá, China, Índia, Itália e Estados Unidos”, apresentada por palestrantes internacionais e brasileiros, evidenciou-se a importância da parceria entre a academia e a indústria para a realização de projetos de inovação. O Brasil tem reconhecimento internacional pelo avanço expressivo da produção científica nas últimas décadas. No entanto, quanto comparado a outros modelos de fomento à pesquisa, torna-se evidente que o foco ainda é em volume de publicação, em detrimento de projetos para aplicação no setor produtivo, e com benefícios para a sociedade. Além da dificuldade na obtenção de recursos para pesquisa aplicada, as dificuldades na obtenção de patentes ainda são uma das barreiras para o avanço no setor.
Por meio da articulação das Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, os Observatórios Sesi/Senai/IEL promovem a aproximação entre empresas e universidades para a formação de parcerias. Recentemente, o grupo de articulação “Rodada de Negócios Universidade-Empresa”, da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal, realizou a I Rodada Biotecnológica Agrícola e Florestal. A repercussão positiva do evento foi motivo para que o grupo se proponha a realizar uma segunda edição do evento. A avaliação pós-Rodada revelou a necessidade de intensificar a divulgação dos instrumentos disponíveis para a formação de parceria universidade-empresa. Em direção a esta demanda o grupo promoverá eventos de caráter informativo para apresentar as vantagens da parceria entre pesquisadores e o setor produtivo no Brasil.
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