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Publicado em 16/04/2013
A Espanha é líder na União Europeia em matéria de cultivo em grande escala de sementes geneticamente modificadas. Levando em conta a quantidade de experimentos e a extensão das terras cultivadas, o país acolhe 42% dos ensaios experimentais de cultivos modificados ao ar livre da UE, indicam dados do Centro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia.
“Um experimento em grande escala está sendo realizado sem se conhecer suas consequências para a saúde, o ambiente e o futuro da agricultura”, disse à Tierramérica a ecologista Liliane Spendeler, diretora da Amigos da Terra da Espanha. A organização promove a campanha “Únicos na Europa: a televenda dos transgênicos” para informar a sociedade sobre esses cultivos.
Em 2012, a Espanha contava com uma extensão de pouco mais de 166.3000 hectares de trigo transgênico MON 810, da corporação transnacional de biotecnologia Monsanto, 20% mais do que em 2011, segundo o Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, com base em dados de venda de sementes. Ecologistas argumentam que esses dados são estimativas imprecisas e que não existe um registro público sobre a localização dos terrenos semeados com transgênicos.
Quando cultivos ecológicos ou orgânicos certificados se “contaminam” com variedades transgênicas, os agricultores perdem esse reconhecimento e não podem processar o dono das sementes modificadas porque não existe o registro, nem podem pedir indenização por danos, pois isso não está previsto nas legislações espanhola e europeia, lamentou Spendeler.
Na Espanha, assim como em toda a UE, só é permitido cultivar milho transgênico. A soja e o algodão modificados são importados da Argentina, Brasil, Canadá e Estados Unidos.
Para saber mais leia aqui.
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