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Publicado em 28/03/2013
A Embrapa Meio Ambiente, instalada em Jaguariúna (SP) implantou uma Coleção de Micro-organismos de Importância Agrícola e Ambiental contendo quase 20 mil isolados de fungos, bactérias, leveduras, arqueias e actinobactérias. Dentre eles há micro-organismos endofíticos ; micro-organismos de vários biomas, como Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e manguezais; actinobactérias associadas a insetos; fungos celulolíticos como o Trichoderma; bactérias associadas a líquens e algas marinhas da Antártida; fungos e bactérias agentes de controle biológico; fungos pigmentados produtores de corantes; e bactérias associadas aos crustáceos que são produtoras de antibióticos.
De acordo com o pesquisador Itamar Soares de Melo, curador da coleção, os micro-organismos podem ser úteis para gerar novos produtos bioativos de importância na agricultura, como os herbicidas, descobrir novos genes com resistência à seca e resistência à salinidade, novos antibióticos, substâncias anticancerígenas, enzimas hidrolíticas, etc. "Como exemplo, temos o Combretum leprosum, que pode ser usado para fins medicinais, atuando como anti-inflamatório, anti-hemorrágico, sedativo, e também como inseticida e herbicida", diz Melo.
Segundo Melo, a preservação é feita por meio de dois processos: ultracongelamento e liofilização e os micro-organismos podem ser usados para controle biológico, detecção de estresse hídrico, corantes e descobertas de novas moléculas para fins diversos. "É a única opção para manutenção, a longo prazo, da diversidade genética e como fonte de materiais para estudos científicos e para triagem de produtos com propriedades biotecnológicas", salienta o pesquisador.
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