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Publicado em 20/12/2012
Do DNA ao aproveitamento de resíduos, o dendê é objeto de estudo em várias áreas de trabalho da Embrapa em conjunto com seus parceiros. O interesse dos pesquisadores pela palmeira está na alta produtividade de óleo, que pode chegar a 6.000 quilos por hectare (kg/ha). A planta tem sido apontada como principal alternativa para aumentar a participação da região Norte do país no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, bem como para diversificar as matérias-primas para esse biocombustível. Atualmente, mais de 80% do óleo utilizado na produção de biodiesel vem da soja, que produz cerca de 550 kg de óleo/ha.
Contudo, “para que o dendê possa ganhar uma fatia maior nos gráficos que apresentam a participação das diferentes matérias-primas na fabricação de biodiesel, será preciso aumentar significativamente a produção brasileira dessa palmeira”, pondera o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira Souza Júnior. Atualmente, o País importa aproximadamente 60% do óleo de dendê que consome. Terras disponíveis existem. O zoneamento realizado pela Embrapa identificou mais de 30 milhões de hectares de terras fora de áreas protegidas que são aptas para o cultivo.
A expansão, no entanto, depende do aumento de oferta de sementes de variedades de alta qualidade genética desenvolvidas especialmente para o Brasil. Com objetivo de avançar nesta área, a Embrapa Agroenergia tem usado recursos como a Genômica, a Fenômica e a Metabolômica para construir uma base de dados que dê suporte aos programas de melhoramento genético da cultura, que são desenvolvidos principalmente nas unidades Amazônia Ocidental e Oriental.
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