Fórum Coop 2012 reúne líderes das principais cooperativas do Paraná

Publicado em 26/11/2012

Encontro em Carambeí, cidade berço do cooperativismo do Paraná, reuniu as principais lideranças de cooperativas paranaenses na última quinta-feira (22/11) para discutir em detalhes o modelo cooperativista de sucesso construído no Estado. O Encontro de Núcleos Cooperativos foi promovido pelo Sistema Ocepar e aconteceu em paralelo ao Fórum Coop 2012, evento realizado nos dias 22 a 24 de novembro em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas.

O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, abriu oficialmente o encontro que reuniu cerca de 200 cooperados e coordenadores de núcleos cooperativos. “É uma ocasião especial para comemorarmos esse reconhecimento da ONU, ao declarar 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. Isso ocorreu graças ao trabalho que as cooperativas fazem em benefício de um bilhão de pessoas em todo o mundo ligadas ao setor”, destacou.

Estavam também presentes na abertura do encontro os coordenadores de núcleos cooperativos da Batavo, Castrolanda e Capal, o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Nivaldo Assis Pagliari, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nóbile e o superintendente do Sescoop Nacional, Luiz Tadeu Prudente.

Nivaldo Assis Pagliari enfatizou em sua apresentação que o BNDES está a disposição para atender às demandas do setor e apoiar o desenvolvimento das cooperativas agrícolas do Paraná.

A programação do fórum contou com a participação do Assessor da Diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, João Arthur Mohr, que apresentou a proposta do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, um plano estratégico para o desenvolvimento do Paraná que visa, principalmente, debater os investimentos necessários no Estado em infraestrutura e inovação.

João Arthur Mohr abordou, entre os investimentos, a construção do píer em formato de T no Porto de Paranaguá, para triplicar a capacidade do corredor de exportação, e as obras para modernização das ferrovias, fundamentais para escoar a produção, que iniciarão em 2014, após o licenciamento ambiental. Segundo ele, a ação integrada entre governo, iniciativa privada e entidades, como a Fiep, Faep e Ocepar, são fundamentais para viabilizar esses projetos de infraestrutura.

No primeiro painel do fórum, os presidentes das Cooperativas Agroindustriais Batavo, Renato Greidanus, da Castrolanda, Frans Borg, e da Capal, Erik Bosch, apresentaram o modelo de integração dessas 3 cooperativas, conhecidas como Grupo ABC, o que fortaleceu ambas instituições. Essas cooperativas vêm trabalhando numa parceria bem sucedida em três unidades de negócio- leite, trigo e suínos. A intercooperação foi apresentada como exemplo eficaz de aumento da competitividade e produtividade e redução de custo.

Na noite de quinta-feira, o governador Beto Richa e o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, prestigiaram a abertura do Fórum Coop 2012. Em seu discurso, o governador afirmou a intenção do governo estadual de fortalecer cada vez mais o cooperativismo. Richa citou diversos investimentos para beneficiar o setor como linhas de financiamento para aporte em inovação tecnológica, a Patrulha do Campo, o Programa Paraná Competitivo, além dos investimentos em infraestrutura previstos.

Já no dia 23 de novembro, o fórum contou com algumas programações de palestras sobre biotecnologia, agronegócios e tendências da economia brasileira. O palestrante Marcos Jank, da Meta Agribusiness, disse que o sudeste da Ásia e a África são mercados potenciais para as exportações agrícolas brasileiras. As exportações de produtos agrícolas do Brasil para o mercado chinês aumentaram cerca de 50% em 2011, em relação a 2010.

“Aproximadamente 21% das exportações agrícolas do Brasil foram para o mercado chinês no ano de 2010. Em 2011, esse montante chegou a 47%”, realçou Marcos. Para Marcos, deve-se procurar investir em políticas públicas de abertura do mercado da China, principalmente para produtos cárneos. O palestrante citou os fatores de sucesso para o agronegócio brasileiro que são os recursos naturais do país, as tecnologias sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta, a gestão profissional e inovadora e a coordenação eficiente das cadeias produtivas.

Outros palestrantes de destaque foram Luciano B. Fonseca, gerente de segurança de produtos da Monsanto, Wayne Reeves, que falou sobre a transferência de tecnologia nos EUA e Cícero Bley, superintendente de energias renováveis na Itaipu Binacional e participante da Articulação da Rota Estratégica do Setor de Energia da FIEP.

Informações de Rota Estratégica do Setor de Biotecnologia Animal.