Publicado em 21/07/2014
Fonte: Comunicação Telefônica Vivo
A Telefónica lançou, no dia 17 de julho, o segundo “Relatório da Indústria do Carro Conectado (Connected Car)”, feito com base em pesquisa no Reino Unido, Alemanha, Espanha, EUA e Brasil que explora as atitudes dos motoristas em relação à conectividade do carro, com opiniões de especialistas da indústria.
O termo Carro Conectado tem sido uma palavra-chave na indústria automotiva há muitos anos, mas o ponto importante é: os consumidores estão prontos? A pesquisa lançada hoje sugere que sim. De acordo com o estudo da Telefónica, existe demanda mundial suficiente para os serviços de um carro conectado, com mais de 70% dos motoristas entrevistados confirmando que estão interessados em usar, ou afirmam já estar usando, esse tipo de serviço.
De fato, cerca de metade dos consumidores ouvidos revelam que dão prioridade a acessórios de fábrica ligados à conectividade, como a capacidade de conectar um smartphone, ao escolher um novo carro para comprar. Recursos como sistemas de advertência iniciais, os que reforçam a segurança e os de navegação inteligente são os mais citados, com quase três quartos (73%) dos motoristas apontando os recursos de segurança e de diagnóstico como os mais importantes.
Composto por pesquisa independente e contribuições das seis maiores montadoras automotivas no mundo, o relatório cobre alguns dos assuntos abordados no estudo do Carro Conectado de 2013 da Telefónica, que previu que o número de veículos integrados com conectividade aumentará de 10% do mercado total em 2013 para 90% em 2020. O novo relatório traz a visão, sob a perspectiva de motoristas, sobre a maior transformação da indústria de carros em um século, detalhando oportunidades, desafios e previsão de tendências para o setor.
As principais tendências identificadas pelo relatório incluem:
1. Existe demanda global suficiente para os serviços de carro conectado, com 71% dos motoristas entrevistados mostrando-se interessados em usar ou já estarem usando esses serviços.
2. 80% dos consumidores esperam que o carro conectado do futuro ofereça a mesma experiência de conectividade que estão habituados em casa, no trabalho e em qualquer lugar, utilizando o telefone celular.
3. Em todos os mercados pesquisados, houve consenso quanto aos recursos mais exigidos: segurança, sistemas de advertência iniciais e navegação mais inteligente. Entre os entrevistados, 77% escolheram os recursos de segurança e diagnóstico como os mais importantes, dando uma clara indicação das áreas nas quais esperam que os serviços conectados estejam focados no futuro. Os modelos de seguro de veículo com base no uso também são muito comuns, com 54% dos motoristas no Reino Unido escolhendo-os como um dos recursos do Carro Conectado no qual eles estariam mais interessados.
4. Em média, 35% dos motoristas esperam não possuir seu carro próprio em 2034, e, ao contrário, previram que estariam utilizando opções alternativas, como os serviços compartilhados de carro.
5. Para 60% dos entrevistados, o painel de instrumentos é a forma preferida para acessar os serviços conectados, particularmente em relação à segurança, navegação e diagnóstico do veículo.
6. Os motoristas de diferentes países preferem pagar pelos serviços conectados de formas diferentes. A maioria dos motoristas espanhóis prefere pagamento único (49%), enquanto que os dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido preferem a conectividade básica com opção de escolha. Os brasileiros estão divididos entre a última opção e o modelo full-on PAYG, sugerindo um grau de flexibilidade não visto em outros países.
Pavan Mathew, diretor global de Carro Conectado da Telefónica, afirmou que “considerando o Carro Conectado sob a perspectiva de um motorista, está claro que a demanda por serviços conectados é inquestionável. Embora estejamos apenas saindo da linha de partida, as pessoas estão prontas para o serviço e sabem o que desejam”.
Segundo Mathew, “muitos consumidores atualmente analisam os serviços de carro conectado em termos de infoentretenimento e Wi-Fi, mas isto se torna diferente quando os mesmos se conscientizam da variedade de opções que a tecnologia pode oferecer. Segurança e diagnóstico parecem ser os recursos mais atraentes para os motoristas. Assim, fatores como segurança na estrada e manutenção do veículo são importantes nas decisões de compra do consumidor.”
“Podemos esperar um avanço gradativo de conectividade nos veículos nos próximos anos, mas não haverá uma explosão nos próximos 12 meses”, disse Mathew. “A justificativa para isto está na complexidade dos desafios que a conectividade está tentando abordar. Embora os fabricantes de veículos ainda tenham um caminho a percorrer antes de romperem o seu papel tradicional de fabricante e se tornarem um provedor completo de serviço conectado, certamente eles têm uma forte base confiável para seus desenvolvimentos”, completou.
No início deste ano, a Telefónica anunciou um acordo com a Tesla, o fabricante líder mundial de veículo elétrico (EV), para fornecer conectividade para o Modelo S da Tesla na Europa.
Visões da indústria automobilística
“A autonomia obviamente traz implicações referentes à propriedade de um veículo, e como uma empresa fundada há 110 anos, consideramos muito seriamente a nossa reputação ao anteciparmos os próximos 100 anos. Mas, na próxima década, penso que veremos a autonomia levemente ofuscada pelo uso de materiais inteligentes nos veículos. Coisas como materiais que defletem a água, defratam a luz ou alteram as cores. E, além disso, penso que começaremos a ver pontos muito interessantes sobre materiais nanoeletricomecânicos, onde poderíamos começar a fazer coisas com circuitos autoformados e materiais autotransformáveis. Estes avanços começam a modificar nossas percepções de como forma e substância são influenciadas pelo meio ambiente, reformulando o nosso entendimento sobre a dimensão atual de fisicalidade.” John Ellis, chefe do Programa Desenvolvedor da Ford.
“Notamos que os consumidores buscam no carro o nível de conectividade igual ao que eles teriam enquanto estivessem caminhando na rua ou na sala de casa ou sentados em um transporte público. Por esta razão, por estarem passando duas ou três horas do dia em um carro, eles não querem estar desconectados da sua vida normal.” Ian Digman, gerente-geral da Nissan.
“Vejo uma enorme expansão além da telemática tradicional, como relatórios de condição operacional do veículo, segurança e proteção, notificações de colisão, nos aspectos de segurança ativa e condução automatizada. Também acho que a comunicação entre um veículo e outro crescerá muito rapidamente nos próximos cinco anos. A beleza desta tecnologia é que o protocolo de comunicação pode ser usado para uma ampla gama de serviços além da comunicação do veículo, e assim trará benefícios também para a infraestrutura mais ampla”. Henry Bzeih, estrategista-chefe de Tecnologia, Kia Motors.
“Para nós, a conectividade traduz-se em pontos que tornam o veículo melhor. Quando falamos de conectividade aos clientes, eles dizem: bem, isto é um carro e, sendo assim, preciso que ele faça as coisas para as quais eu comprei um carro. Eles querem que o carro seja mais seguro, mais inteligente e mais econômico. A conectividade é uma oportunidade para que os fabricantes de veículos analisem como podemos reduzir os custos para os clientes, reduzir o custo de ter um carro e como dirigir com economia de combustível, ou ainda, ajudando você a encontrar o posto de abastecimento mais econômico ou a rota mais eficiente. Oferecendo dados tais como, seguro baseado no uso ou seguro pago conforme a utilização? De que forma posso ajudá-lo a economizar o dinheiro que você gasta com seguros?”, Greg Ross, diretor de Estratégia do Produto e Infoentretenimento da GM.
Sobre a Telefónica
A Telefónica é uma das maiores empresas de telecomunicações no mundo em termos de capitalização de mercado e número de clientes. Com a sua rede de telefonia móvel, fixa e de banda larga melhor da classe, e com o portfólio inovador de soluções digitais, a Telefónica está se transformando em uma ‘Telco Digital’, uma empresa que estará cada vez melhor posicionada para atender às necessidades dos seus clientes e captar novos aumentos de receita.
A empresa tem uma presença significativa em 24 países e uma base de clientes que totaliza mais de 313 milhões de acessos em todo o mundo. A Telefónica tem presença forte na Espanha, Europa e América Latina, onde a empresa foca uma parte importante da sua estratégia de crescimento.
A Telefónica é uma empresa 100% de capital aberto, com mais de 1,5 milhão de acionistas diretos. Seu capital social atualmente consiste de 4.551.024.586 ações ordinárias comercializadas no mercado de ações espanhol (Madri, Barcelona, Bilbao e Valência) e nos mercados de Londres, Nova York, Lima e Buenos Aires.
Sobre a pesquisa
O tamanho total da amostra da pesquisa foi de 5.694 adultos com idades acima de 18 anos e carteira de habilitação válida, sendo 1.291 no Reino Unido, 1.168 na Alemanha, 1.028 na Espanha, 1.059 nos EUA e 1.148 no Brasil. O trabalho de campo foi realizado pela empresa YouGov entre os dias 13 e 20 de janeiro de 2014. A pesquisa não foi realizada online. Os resultados foram ponderados.
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