Publicado em 28/04/2015
Fonte: Auto Esporte
A FCA inaugurou em 28 de abril, o Polo Automotivo Jeep em Pernanbuco. Localizado na cidade de Goiana, o complexo é o primeiro grande investimento da Fiat Chrysler Automobiles após a fusão das duas empresas, em 13 de outubro de 2014. O investimento total superou os R$ 7 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões foram aplicados na fábrica Jeep, R$ 2 bilhões no parque de fornecedores e o restante destinado a desenvolvimento de produtos e outros investimentos.
A movimentação social e econômica causada pela implantação da indústria vem de encontro com a Varável 11 - "Indústria Automotiva: Produção de veículos e autopeças em países emergentes”, do estudo que rege o trabalho do Setor Automotivo – Observatórios.
Atualmente, o local já abriga a produção do Jeep Renegade. Até 2016, a fábrica produzirá mais dois modelos que sairão da mesma plataforma, mas há capacidade para trabalhar com até quatro plataformas distintas. Uma das novidades será a nova picape média da Fiat (que chega em outubro, conforme Autoesporte adiantou), além do sucessor do Jeep Compass. Para desenvolver estes novos projetos, a fábrica contratará 500 novos engenheiros até o final deste ano.
Durante a cerimônia de inauguração, o CEO do grupo FCA, Sergio Marchionne, reforçou a importância do investimento no mercado nacional. "O Brasil é fundamental em nosso plano de desenvolvimento social e temos a honra de contribuir para o crescimento desta região do país", disse.
A presidente Dilma Rousseff esteve presente para a solenidade e sublinhou a participação do governo federal e do BNDES. "Foi um investimento de grande magnitude, de cerca de R$ 10 milhões, ancorado em avaliações objetivas e com olhar a longo prazo. A escolha de Goiana decorre também de uma decisão do governo federal de suporte a uma política de desenvolvimento regional, e permite que o povo tenha um polo automotivo de imenso impacto para desenvolvimento. Dois terços do valor investido aqui vieram de fundos do BNDES e de outros fundos nacionais. Ele também ocorrerá através de incentivos tributários", disse a presidente. "A indústria automobilista no Brasil hoje deu um passo à frente e está mais globalizada. Nós queremos ser, além de uma plataforma de produção, uma das bases de inovação da indústria automobilista mundial", afirmou.
Capacidade produtiva
A fábrica Jeep ocupa uma área construída de 260 mil metros quadrados e tem capacidade para produzir 250 mil veículos por ano. A capacidade máxima é de 60 carros por hora. Até o fim do ano, uma pista de testes também será feita no local. “Não temos nenhum limite em relação à carroceria dos modelos que poderão ser produzidos”, afirmou Denny Monti, diretor de manufatura.
"Pernambuco foi a mais complexa fábrica que nós já fizemos, pelo envolvimento de muitas empresas, fornecederes e por nossa busca em ter pessoas da região trabalhando com a gente", diz Stefan Ketter, vice-presidente de manufatura da FCA
Até o meio de 2016, a montadora pretende chegar à marca de 250 mil veículos produzidos ao ano. Hoje, a capacidade de produção é de 45 carros por hora. Segundo Denny Monti, diretor de engenharia e manufatura, essa capacidade será mantida mesmo com os outros dois novos modelos que entrarão em fabricação.
Fornecedores facilitaram a logística
“A nacionalização de materiais nos auxiliou principalmente no corte de gastos logísticos, já que os fornecedores estão a 500 metros de nós, dentro do pólo”, disse Alfredo Fernandez, diretor do parque de fornecedores.
A FCA aponta para o registro de 9 mil trabalhadores até o fim do ano, sendo 3,3 mil na fábrica, 4,9 mil no parque de fornecedores e 850 em serviços gerais. De todas as peças do Renegade, 80% serão nacionais. Destas, 40% serão produzidas dentro do complexo e o restante em linhas de produção fora do local.
Além da produção, há um centro de veículos conectado a todas as concessionárias da marca no país, a fim de facilitar questões de manutenção e atendimento ao consumidor.
De acordo com Rosangela Coelho, gerente de comunicação e sustentabilidade do grupo, impacto positivo no PIB de Pernambuco será de 6,5%.
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