Publicado em 21/01/2019
A forte retração do mercado interno na Argentina antecipou
as férias coletivas nas fábricas de veículos, que em média contaram apenas nove dias de trabalho em dezembro e produziram
20,5 mil unidades, 44,4% a menos que em novembro e queda de 38,5% na comparação com o mesmo mês de 2017. Com isso, o ano fechou
com baixa de 1,4% na produção, que somou 466,6 mil unidades em 2018. Os números foram divulgados esta semana pela Adefa, que
reúne os fabricantes instalados no país.
O resultado
anual só não foi pior por causa das exportações, em sua maior parte para o mercado brasileiro que terminou o ano em crescimento
de quase 15%. No ano os fabricantes instalados na Argentina exportaram 269,4 mil veículos, que representaram 57% da produção
do país, em alta de 28,5% sobre 2017. Mas houve desaceleração dos embarques no fim do ano, com 22,9 mil unidades exportadas
em dezembro, em recuo de 11,9% sobre novembro, ainda que o número foi 26,1% maior do que o verificado no mesmo mês do ano
anterior.
Já o resultado das vendas doméstica foi
desastroso, com efeito negativo direto nas exportações brasileiras de veículos, que fecharam o ano em queda superior a 15%
porque têm a Argentina como destino de 70% dos embarques. Os argentinos compraram 681,8 mil veículos em 2018, queda de 23%
sobre 2017, em volume muito abaixo das expectativas iniciais de 2018, quando o mercado apontava para quase 1 milhão de unidades.
O desempenho mensal mostra que o mercado argentino segue
apontando para baixo, sem nenhuma perspectiva de retomada. Em dezembro foram vendidos na Argentina 48,4 mil veículos novos,
em acentuada baixa de 46,3% em relação ao volume de novembro e redução de 46,4% comparado com o mesmo mês do ano anterior.
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