Publicado em 08/01/2019
As vendas de veículos no Brasil registraram, em 2018, crescimento que superou as expectativas iniciais da própria indústria. De janeiro a dezembro, foram licenciados no país 2,56 milhões de veículos, o que representou avanço de 14,6% na comparação com 2017.
O resultado foi também positivo no úiltimo mês de 2018, quando foram
emplacadas 234,5 mil unidades, um aumento de
10,3% na comparação com o mesmo mês de 2017. Os dados referem-se às vendas de carros, comerciais
leves, caminhões e
ônibus e foram divulgados hoje pela Federação Nacional
da Distribuição de Veículos (Fenabrave).
As vendas de caminhões foram um dos maiores destaques, com expansão de
mercado de 46,8% no ano, com 76,4 mil unidades.
Em nota divulgada pela Fenabrave, o vice-presidente para o segmento de
caminhões, Sérgio Zonta, destacou que "em
que pese uma base comparativa
baixa, em função da forte retração desse segmento durante a crise
econômica, os
fatores que impactaram o resultado final de caminhões foram a expectativa de crescimento do PIB, que veio se consolidando
ao longo do ano, a queda acentuada na inadimplência do setor, o aumento expressivo da participação dos bancos, tanto os privados
como os de montadoras, nos financiamentos e o crescimento dos índices de confiança dos frotistas e transportadores, além da
formação de frota própria, observada junto às empresas, como consequência da greve dos caminhoneiros".
Quanto ao segmento de carros e comerciais leves, que registrou avanço de
13,74% no ano, com 2,47 milhões de unidades,
o presidente da Fenabrave,
Alarico Assumpção Jr, destacou que "a queda da taxa de juros e a melhora da
inadimplência
geraram uma maior oferta de crédito, impulsionando as
vendas".
Para 2019, a Fenabrave informa que trabalha com expectativas ainda
moderadas, apesar de acreditar na "manutenção
do clima favorável às
vendas, para todos os segmentos automotivos". "Tudo dependerá dos rumos a serem dados pelo novo
governo, como a aprovação das reformas
necessárias, mas, a sinalização, nesses primeiros dias do ano, já se mostra
positiva, com uma agenda de intenso trabalho, proposta para os primeiros
100 dias", disse Assumpção Júnior.
Fonte: Valor Econômico
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