Publicado em 20/12/2018
A Toyota confirmou que vai fabricar no Brasil o Prius. O modelo será o primeiro carro do
mundo a usar tecnologia híbrida que combina um motor elétrico e outro flex. O anúncio foi feito na quinta-feira, 13, em visita
da montadora ao governo federal para assinar o compromisso com o projeto. A fabricante apontou que o modelo deve chegar ao
mercado no fim de 2019 e evitou detalhar em qual fábrica a produção acontecerá, apontando que esta definição "ainda está em
estudo".
A Toyota também não especificou qual será
o investimento para nacionalizar o carro com a nova motorização. Atualmente a empresa tem em curso pacote de R$ 1 bilhão em
sua estrutura fabril em Indaiatuba (SP), onde é produzido o Corolla. A próxima geração do sedã, já lançada no exterior com
previsão de fabricação local em 2019, é montada sobre a plataforma Toyota New Global Architecture (TNGA), a mesma do Prius,
o que torna a concentração dos dois modelos na planta de Indaiatuba uma opção bastante razoável. Também é provável que, no
futuro, o Corolla receba uma motorização híbrida, aproveitando a flexibilidade da arquitetura modular.
O Prius brasileiro, equipado com propulsor flex, é uma promessa antiga da companhia,
que fala sobre a nacionalização do modelo pelo menos desde
2012. Naquela época, no entanto, a organização dizia que só iria em frente com o plano caso houvesse perspectiva
de crescimento da demanda local pela tecnologia.
PROJETO AVANÇA COM UM GRANDE EMPURRÃO DO ROTA 2030 |
Antes mesmo do interesse do consumidor se consolidar, o projeto da Toyota teve outro empurrão:
o Rota 2030, que acaba de ser
sancionado. Uma das emendas do programa dá desconto de generosos três pontos porcentuais no IPI de carros híbridos
com motor flexível. A medida visava beneficiar os produtores de etanol, mas caiu como uma luva para os planos da companhia
japonesa. Com o incentivo, no lugar dos atuais 12% da alíquota cobrada do Prius que combina motor elétrico e a gasolina, o
modelo deve passar a recolher apenas 9% na configuração híbrida bicombustível.
A Toyota testa um protótipo do Prius flex desde março deste
ano. O desenvolvimento do modelo conta com o apoio da Unica e de universidades como USP e UNB. Segundo a montadora,
os resultados até aqui indicam que a tecnologia é bastante promissora, apresentando o que a empresa diz ser um alto potencial
de compensação de CO2 quando considerado o ciclo completo de produção do combustível, consumo do carro e emissões.
Fonte: Automotive Business
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