Publicado em 22/03/2018
Fonte: Autoestrada
A Toyota começou a testar um protótipo do Prius adaptado com tecnologia flex, que é o primeiro híbrido do mundo capaz de ser abastecido tanto com etanol quanto com gasolina em qualquer proporção. A unidade vai rumar da cidade de São Paulo a Brasília (DF), onde deve chegar na quinta-feira, dando sequência ao processo de análise e coleta de dados. A ideia é que esse Prius rode cerca de 10 mil km no país até ser mandado de volta ao Japão. Somente no trecho entre as capitais federal e paulista o carro vai rodar aproximadamente 1,5 mil km.
O Prius flex já tinha sido anunciado pela Toyota e por enquanto é um conceito, porém com potencial enorme de virar um veículo produzido em série. Mais que isso, o desenvolvimento dessa tecnologia deve dar origem a outros modelos bicombustíveis que combinam motor a propulsão com elétrico, dentre eles a nova geração do Corolla, que deve ser apresentada em 2019 com pelo menos uma versão híbrida, com fabricação nacional. Tudo isso com construção sobre a mesma plataforma modular TNGA utilizada no Prius.
A própria Toyota sinaliza esperar que seja a primeira montadora a produzir um híbrido flex no país. O uso de etanol, aliado ao sistema híbrido, é um grande trunfo para a redução de emissões. Isso porque a cana-de-açúcar utilizada para produzir o combustível absorve CO2 na fotossíntese, compensando as emissões do gás poluente geradas pelo próprio etanol.
Essa fase de avaliações conta com parceria com a USP (Universidade de São Paulo) e a UnB (Universidade de Brasília) e vai testar itens como durabilidade de componentes do motor e da transmissão com etanol, bem como consumo de combustível - a Toyota não informa ainda as especificações técnicas do veículo. Um Prius convencional, movido apenas a gasolina e eletricidade, gera potência combinada de 123 cv com os propulsores 1.8 a combustão e elétrico. Com transmissão CVT, o modelo tem consumo médio de 18,9 km/l na cidade e de 17 km/l na estrada, liderando o Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro.
Espera-se que, com etanol, esses números sejam um pouco inferiores, considerando o menor rendimento do etanol em relação à autonomia, comparando com a gasolina.
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