Publicado em 11/10/2017
Fonte: AEN
A indústria de transformação do Paraná cresceu 8,8% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, reforçando a tendência de retomada do setor, um dos mais afetados pela crise econômica. No acumulado de 2017, o avanço da produção industrial paranaense foi de 4,6%, o maior do País.
O resultado alcançado entre janeiro e agosto foi o melhor para o período desde 2011, quando o setor industrial do Paraná havia crescido 9,3%, conforme os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional, divulgada em 10 de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho da indústria paranaense foi puxado pelos setores de máquinas e equipamentos e automotivo, com crescimento de 61,5% e 13,5%, respectivamente. “O setor de máquinas e equipamentos, especialmente na produção tratores e colheitadeiras, foi beneficiado pelo crescimento do agronegócio, com a boa safra agrícola”, afirma Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
Segundo o economista do Ipardes, além do avanço da renda no campo, que permitiu ao produtor investir mais na compra de maquinário, o segmento também vem registrando bons resultados nas exportações. Com relação aos automóveis, o crescimento é atribuído a retomada do mercado interno, aumento das exportações e o lançamento de novos produtos.
Os dois setores são destaque, mas a retomada da indústria no Estado é generalizada. Dos 13 segmentos pesquisados pelo IBGE, nove tiveram resultados positivos. “Isso mostra que a retomada é abrangente e consistente”, diz Suzuki Júnior.
MAIOR DO PAÍS - No acumulado deste ano, o Paraná foi o estado com maior crescimento da indústria de transformação (que exclui a atividade extrativa) no País. Ficou à frente de Santa Catarina (3,7%) e Amazonas e Espírito Santo, cada um com avanço de 2,7%. No Brasil, a indústria da transformação cresceu 0,8% na mesma base de comparação.
Nos últimos 12 meses, terminados em agosto, a indústria do Paraná cresceu 2,9% e na comparação entre agosto e julho, com ajuste sazonal, houve ligeira queda, de 0,4%.
SETORES - Outros destaques nos primeiros oito meses do ano foram os setores de bebidas, com crescimento de 5,5%; produtos minerais não metálicos (4,3%) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (1,3%); e produtos de borracha e material plástico, também com 1,3%.
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