Publicado em 22/09/2017
Fonte: Fenabrave
Estudo recente da FGV Energia mostra que a frota mundial de elétricos e híbridos no ano passado era de 2 milhões de veículos para passageiros (exclui ônibus e motocicletas). A previsão é que até 2020 chegue a 13 milhões e, em 2030, a 140 milhões, ou 10% da frota total de carros.
No Brasil, desde 2011 foram vendidos 5,9 mil carros elétricos e híbridos, dos quais 2.079 neste ano, quase o dobro de 2016. O número representa 0,3% das vendas totais. Sozinho, o híbrido Toyota Prius, que custa R$ 120 mil, respondeu por quase 80% das vendas deste ano, com 1.635 unidades.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) calcula que, em dez anos, 2,5% das vendas de carros no País serão de híbridos (o que equivalerá a 0,4% da frota total). Boa parte deles deve utilizar etanol como combustível para gerar a energia da bateria, tecnologia que está em desenvolvimento por empresas como Toyota e Nissan. A fatia dos elétricos não foi calculada.
A pesquisadora da FGV Energia, Tatiana Bruce, responsável pelo estudo que utiliza dados globais da International Energy Agency (IEA), diz que a principal dificuldade para a disseminação de veículos elétricos no Brasil é o alto custo, principalmente da bateria, que corresponde a 50% do valor do carro. Nos últimos anos o preço vem caindo, mas ainda é elevado.
Grupo de empresas quer mais carros elétricos no País
Por enquanto, diz Tatiana, “os grandes responsáveis pela adoção mais acelerada do carro elétrico em outros países são os subsídios para aquisição”. Na China, mercado que mais cresce atualmente, o governo banca entre um terço e metade dos preços dos carros elétricos. A preocupação de ambientalistas é que a maior parte da energia local vem de térmicas a carvão.
No País, por enquanto, os incentivos são a isenção do Imposto de Importação para elétricos e redução da alíquota de 35% para até 7% para os híbridos. Alguns municípios, como São Paulo, oferecem isenção de IPVA e dispensa do rodízio.
Vários setores apostam nos eletropostos
Segundo Tatiana, o Brasil tem necessidades diferentes de outros países que precisam cumprir o Acordo de Paris, sobre o aquecimento global. “Temos uma indústria de biocombustível bem desenvolvida, uma vantagem que a maioria dos outros não tem”.
Além das decisões do Rota 2030, é aguardada e regulamentação da venda de energia para essa finalidade pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Hoje, os postos não podem cobrar pela recarga. Segundo a agência, a proposta de regulamentação será apreciada no primeiro semestre de 2018.
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