Publicado em 04/09/2017
Fonte: Automotive Business
Em abril deste ano Automotive Business fez sondagem com as leitoras e leitores do portal sobre a participação das mulheres na indústria automotiva. Os resultados do levantamento evidenciaram diferenças importantes de salário e participação na liderança das empresas, entre muitas outras (leia aqui). Estes dados abriram espaço para investigação mais profunda do assunto. Nascia aí a semente para o projeto Presença Feminina na Indústria Automotiva.
A iniciativa pretende gerar conhecimento e valorizar a atuação da mulher no setor. O objetivo é entender quais espaços as profissionais do sexo feminino já conquistaram, os avanços mais relevantes, além de identificar as empresas que desenharam medidas e estão na vanguarda para equacionar questões de gênero internamente. Para isso, o projeto conta com duas fases.
A primeira, entre setembro e outubro de 2017, é uma pesquisa com as empresas da cadeia de produção
e distribuição de veículos para, efetivamente, mapear a participação das mulheres desde
a linha de produção até a liderança, indicando os benefícios e ganhos gerados por elas
às empresas.
Com os dados apurados, começa em 2018 a segunda fase do projeto: o debate sobre o tema. Um grupo de influenciadoras formado principalmente mulheres com trajetória respeitável na indústria automotiva e em outros segmentos vai comentar os resultados, destacar avanços e apontar possíveis soluções para os desafios ainda existentes. O conteúdo gerado nesta fase vai compor o relatório final da pesquisa e alimentar um canal exclusivo de Automotive Business voltado ao assunto.
O Grupo de Influência já conta com nomes como Neuraci Perego, diretora da divisão de motores da Cummins para a América Latina, Celia Almeida, diretora de RH da Maxion Wheels e Dani Junco, fundadora da B2Mamy – aceleradora de negócios liderados por mulheres que são mães. A iniciativa conta com o apoio institucional da Anfavea e do Sindipeças.
POR QUE FALAR DA MULHER NO SETOR AUTOMOTIVO?
O setor automotivo responde por quase 25% do PIB industrial brasileiro e, portanto, tem grande relevância para a economia do País. Diante disso, a maior presença feminina representaria participação mais ampla da sociedade na economia. Esta evolução também converge para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, elaborada pela ONU, que elenca como seu quinto objetivo o de “alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.”
A pesquisa Getting to Equal 2017, feita pela Accenture com 28 mil pessoas em todo o mundo, mostra que, sem algumas ações para o desenvolvimento feminino, as mulheres só conseguirão ganhar o mesmo que os homens em 2168 nos países em desenvolvimento. Outro levantamento, da McKinsey & Co, mostrou que melhorar a igualdade de gênero adicionaria US$ 12 trilhões à economia global.
Dados de 2015 do Ministério do Trabalho indicam que apenas 23% da força de trabalho das montadoras, fabricantes de autopeças, distribuidores de veículos e de combustíveis é feminina. No entanto, o número que indica desigualdade pode representar uma série de oportunidades de evolução. Ao apoiar o crescimento profissional das mulheres, o setor automotivo pode se tornar exemplo positivo para outros segmentos da indústria e da economia.
Saiba mais sobre o projeto Presença Feminina na Indústria Automotiva em www.mulheresautomotivas.com.br.
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