Publicado em 01/09/2017
Fonte: SAE Brasil
A 14º edição do Fórum SAE Brasil Tecnologia de Motores Diesel trouxe os desafios e oportunidades
de tecnologia para o segmento, no universo da conectividade. Realizado no Teatro Positivo, Curitiba (PR), em 22 e 23 de agosto,
contou com a presença de executivos, engenheiros e técnicos de montadoras, empresas fabricantes de motores e
seus principais fornecedores de sistemas e componentes, da indústria petroquímica, além de representantes
do meio acadêmico, da sociedade e do governo.
Na programação, empresas como Volvo, Bosch, DAF, FPT Industrial, entre outras, trouxeram suas experiências aos debates.
Em 30 de novembro, a SAE Brasil irá promover em Curitiba, o 8º Simpósio SAE BRASIL de Sistemas de Manufatura - Seção Paraná e Santa Catarina. Para inscrição e mais informações sobre o evento, clique aqui.
Fonte: Grupo Cultivar
CNH Industrial apresenta tecnologias e serviços em máquinas que estão mudando o dia a dia no campo
Eficiência na gestão da lavoura, melhor gerenciamento das máquinas no campo, redução de custos, ganho de tempo e aumento de produtividade são algumas das vantagens da conectividade no mundo agrícola – e é só o começo. Essa foi a abordagem da palestra do diretor responsável pela unidade de negócios de Soluções de Precisão e Telemática da CNH Industrial para a América Latina, Gregory Riordan, no 14º Fórum SAE Brasil de Tecnologia de Motores Diesel.
A tecnologia aplicada à mecanização agrícola é a solução para garantir os resultados esperados para os próximos anos, diante da crescente demanda mundial de alimentos. Assim, trabalhar a autonomia e conectividade como conceitos relacionados é parte importante desse processo.
No painel Conectividade, o profissional falou sobre as ferramentas utilizadas no campo e reforçou que os dados são os grandes alicerces das empresas para levantar informações e, consequentemente, criar conhecimento. Segundo ele, essa base cresce expressivamente. “Até 2015, nós geramos 10% de todos os dados do planeta. De lá para cá, nos últimos dois anos, já geramos os outros 90%, confirmando um crescimento exponencial”, afirma Gregory.
Um dos exemplos citados pelo executivo foi a colhedora de cana A8800, da marca Case IH, desenvolvida no Brasil e fabricada na unidade de Piracicaba. A colhedora, que por característica atua em um ambiente que demanda o máximo do equipamento, possui o monitoramento de mais de quarenta parâmetros de operação por meio do seu monitor. Segundo o diretor, com as informações geradas por esta máquina e o uso de ferramentas de “data analytics”, que estão em fase de avaliação, é possível prever com vários dias de antecedência uma falha que irá ocorrer, permitindo planejar antecipadamente a manutenção, e assim reduzir os custos de operação e aumentar a disponibilidade do equipamento.
Riordan também pontuou as oportunidades na área tecnológica para o agronegócio incluindo – diagnósticos, analytics, manutenção preventiva, suporte ao desenvolvimento de produto e serviços remotos. Além disso, ele reforçou que para o mercado consiga ter o melhor benefício dessa evolução deve-se melhorar a infraestrutura da conectividade no Brasil, em especial no campo, onde a cobertura é mais escassa.
“O campo se torna ano a ano um ambiente mais tecnológico. Precisamos agora que algumas coisas caminhem juntas, como a evolução da conectividade, a padronização das informações e a geração de novas ferramentas que transformem esses dados em conhecimento para a tomada de decisão, objetivando a otimização e eficiência”, conclui o diretor.
FPT Industrial apresenta a evolução e as tendências do mercado de lubrificantes
No evento, o especialista Gustavo Teixeira, palestrou sobre as tendências de lubrificantes para pesados na América Latina. O porta-voz iniciou sua fala explicando as principais funções de um lubrificante e sua composição química.
Segundo Teixeira, houve um grande avanço nos lubrificantes no último século. “Em 1.900, existia uma grande quantidade de fuligem no óleo, fazendo com que as trocas fossem a cada 2 mil km. A primeira classificação de óleos foi criada na década de 40, com o API CA. E de lá para cá, cada novo lubrificante desenvolvido precisa ser sempre compatível com as versões anteriores”, afirma.
Dez anos mais tarde, foi lançada a segunda classificação, com o API CB, e entre os anos 80 e 90, período em que houve um expressivo desenvolvimento do mercado, foram criadas outras quatro classificações, com os lubrificantes API CE, CF, CF-4 e CG-4 (com características especiais para os motores de quatro tempos). Em 1998, foi apresentada o CH-4, e quatro anos mais tarde, o CI-4.
“Só em 2006 foi criado o CJ-4, desenvolvido para atender à legislação de 2010, mas que ainda não está totalmente difundido no Brasil. Os óleos tiveram melhoras importantes, os modificadores de viscosidade foram aperfeiçoados, os depressores atingiram bons níveis de fluidez, mas não podemos parar, pois os desafios surgem todos os dias”, pontuou o especialista.
Atenta às tendências, a FPT Industrial testou o uso do lubrificante API CJ-4 em uma colhedora de cana, da Case IH, uma das marcas da CNH Industrial. Durante a colheita da safra, a ação possibilitou a extensão do período de troca de óleo.
De acordo com Teixeira, enquanto os outros equipamentos monitorados fizeram sete paradas, a máquina que utilizou o CJ-4 fez apenas cinco. “Isso é muito bem visto pelo produtor: menos paradas e, consequentemente, aumento da produtividade, além de menos resíduos para o meio ambiente”, afirma. Com esse case, a FPT Industrial conquistou o Prêmio AEA de Meio Ambiente, na categoria tecnologia.
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