Publicado em 17/07/2017
Fonte: Ciclo vivo
A Prefeitura de São Paulo apresentou, em 14 de julho, um ônibus elétrico, alimentado por baterias, com capacidade para transportar 84 passageiros e com até 300 quilômetros de autonomia. O veículo foi totalmente construído no Brasil. As baterias são de fosfato de ferro e levam de quatro a cinco horas para serem carregadas. A linha em que o ônibus circulará ainda não foi definida e a previsão é a de que o veículo entre em operação em breve, após passar por fiscalizações feitas pela SPTrans (São Paulo Transporte – empresa que faz a gestão do transporte público na capital paulista).
O ônibus tem ainda motores elétricos embutidos nas rodas e sistemas auxiliares hidráulicos e pneumáticos,
integrados por meio de uma rede de controle. Esse mecanismo faz com que, em aceleração, o sistema consuma energia
das baterias tradicionais e nos momentos de frenagem o sistema de tração transforme a energia dessas baterias
em energia elétrica, que fica armazenada nas mesmas baterias.
O chassi é feito pela empresa chinesa BYD, que instalou uma fábrica em Campinas (SP) há dois anos em meio. A carroceria é da Caio, que também funciona no interior de São Paulo. A capacidade de produção anual da BYD é de 400 carros por ano.
Segundo o prefeito de São Paulo, João Doria, a implantação dos ônibus elétricos está dentro do plano de governo da prefeitura de promover a redução de emissões poluentes. “Esse modelo de emissão zero e baixo nível de ruído, também é equipado com ar-condicionado. O modelo atende ainda a todas as exigências de acessibilidade como piso baixo, rampas de acesso e espaço para cadeiras de rodas, wi-fi e tomadas USB”, disse Doria.
Para o secretário Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), Sérgio Avelleda, o veículo é o que há de mais moderno em termos de ônibus elétricos em operação em outros países, como os Estados Unidos e a China. “Isso faz parte do plano de governo apresentado para a transformação do nosso sistema de ônibus. Na licitação, já anunciamos, vamos contribuir para que ao longo do próximo contrato, as empresas reduzam paulatinamente as emissões que provocam doenças respiratórias, envelhecimento precoce e um clima global indesejável”, disse.
A prefeitura pretende discutir com a Câmara Municipal a alteração da legislação vigente para a adequação do sistema de ônibus para veículos classificados pelo secretário como mais saudáveis. “Quero ressaltar que estamos estudando trocar cerca de 60 ônibus a diesel para elétricos e instalar placas fotovoltaicas na garagem para que durante o dia o sol gere energia elétrica que vai alimentar os ônibus que vão circular pela cidade de São Paulo”.
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