Publicado em 12/06/2017
Fonte: Automotive Business
A redução significativa do imposto de importação para veículos híbridos e elétricos na Argentina anunciada recentemente pelo governo local (leia aqui) animou as montadoras a iniciarem sua corrida para participar desta que promete ser a nova era da eletrificação no país. A medida vem como tentativa de inserir o mercado argentino na evolução global da indústria automotiva, que caminha para produtos cada vez mais amigáveis ao meio ambiente em termos de propulsão, além de incentivar uma possível produção local. Prova disto foram as novidades anunciadas por algumas marcas durante o Salão do Automóvel de Buenos Aires, iniciado em 10 de junho.
Uma delas é a Ford, que ao apresentar o novo EcoSport (que começa a ser vendido primeiro no Brasil: leia aqui) aproveitou a oportunidade para anunciar a vinda do sedã Mondeo híbrido para venda na Argentina em 2018.
“Acho muito importante porque é um primeiro passo na direção de melhorar a vida das pessoas. São medidas estruturantes, elas podem não ter um resultado muito visível no curtíssimo prazo, mas elas estão definindo o futuro”, comenta o presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, sobre a iniciativa do governo argentino em reduzir o imposto de importação para híbridos e elétricos e também ao se referir ao acordo com a indústria local para alcançar a produção de 1 milhão de veículos até 2023 (leia aqui).
“Nós já começamos no Brasil o processo de eletrificação em 2010, com o Fusion híbrido, e hoje tive o prazer de anunciar a vinda do Mondeo híbrido para a Argentina. Vemos com bons olhos essas medidas, tanto que já estamos nos preparando para fazer parte dela”, acrescenta Watters.
Por sua vez, a Toyota aproveitou para anunciar a redução do preço de seu tradicional híbrido Prius, cuja terceira geração chegou em março deste ano à Argentina, onde o carro possui seu maior valor no mundo, vendido pelo equivalente a US$ 59.300. Agora, o modelo passa a ser vendido por US$ 38.900, conforme anunciou o presidente da marca para América Latina e CEO no Brasil, Steve St. Angelo, em sua apresentação no salão. O modelo oferece garantia de oito anos ou de 160 mil quilômetros do sistema híbrido.
Outra novidade da Toyota foi a aparição do crossover CH-R híbrido, já na versão final de produção, indicando as intenções da montadora em também trazê-lo ao mercado argentino, embora o Brasil ainda tenha mais chances de que o país vizinho em receber o modelo primeiro: por aqui, carros híbridos contam com incentivo de imposto de importação a 4% contra os 35% de modelos a combustão (leia aqui). A empresa também trouxo ao salão portenho o Mirai, único veículo no mundo movido a célula de combustível produzido em escala.
Com o incentivo de híbridos e elétricos na Argentina, outras montadoras também já se prepararam para homologar alguns modelos no país, como Nissan Leaf, Porsche Cayenne Hybrid, Renault Kangoo Z.E. e Volkswagen Touareg Hybrid, todos com devida licença para serem vendidos. A FCA também aproveitou o salão para anunciar que venderá no país a versão híbrida do Chrysler Pacifica.
A líder do mercado local, Volkswagen vai mostrar duas opções: o híbrido plug-in Golf GTE, que associa um motor elétrico a um 1.4 TSI e que juntos entregam 204 cv de potência, e o 100% elétrico e-Golf, com 110 cv de potência e 200 quilômetros de autonomia.
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