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Usados caem na graça do consumidor

Publicado em 01/06/2017

Em 2016, um veículo novo foi vendido para cada cinco usados

Fonte: Fenabrave

Tecnologia e conforto são itens essenciais para o consumidor antes de fechar negócio. Por causa da crise econômica, o cliente está preferindo comprar um carro usado ao invés de um novo, pelo mesmo preço. Em 2016, foram vendidos 2 milhões de automóveis novos e 10 milhões de usados, o que corresponde, em média, um novo para cinco usados. Só no primeiro trimestre, essa relação aumentou de um para seis.

Rogério de Freitas Monteiro, diretor geral da Consultoria IPSOS, disse, durante o Seminário AutoData Tendências de Negócios, em 31 de maio, que os usados ganharam ainda mais força em 2016 com as oportunidades de pós- -venda: “O consumidor está preferindo o usado até porque o prazo de garantia aumentou para cinco anos”.

Carros mais conectados e mais contáveis também são considerados na decisão de compra de veículos novos. Por causa disso, conforme ele, as fabricantes estão deixando de investir nos carros populares sem opcionais para apostar em automóveis do segmento premium.

Prova disso é o Argo, lançado pela Fiat em 31 de maio, e o Polo, que será lançado pela Volkswagen no segundo semestre: “O consumidor está mais exigente, preferindo veículos que já tenham opcionais e tecnologia. Algumas montadoras demoraram para perceber isso e estão investindo neste segmento”.

Segundo ele, o brasileiro é bastante receptivo às inovações tecnológicas. Em uma pesquisa realizada pela IPSOS, 69% estão dispostos a comprar um veículo elétrico. E 52% demonstraram interesse em condução autônoma.

Vale lembrar que o brasileiro também é um dos mais presentes nas redes sociais. Em razão disso, algumas fabricantes têm investido no relacionamento digital com o cliente. “A tecnologia encurtou a distância com o consumidor. A fidelidade à marca vem diminuindo e hoje o consumidor busca atenção, rapidez e bom atendimento”.

Mercado crescente

Para ele, a venda de veículos no País é influenciada pelo índice de compra do consumidor: “Vivemos uma recuperação pequena, mas consistente. Nossa estimativa é que as vendas voltem a ultrapassar três milhões de unidades em 2021”.

O Brasil ainda tem bastante espaço para o crescimento do setor automotivo. Enquanto que nos Estados Unidos, o índice de motorização é de dois habitantes para um veículo, por aqui a taxa é de cinco habitantes para um veículo.

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