Publicado em 05/04/2017
Fonte: Agência Fiep
O número de trabalhadores mais velhos é cada vez maior entre a população ativa. As implicações dessa assertiva sugerem uma série de transformações futuras e, inclusive, definem as políticas públicas relacionadas ao envelhecimento da força de trabalho. No Brasil, dados do Censo de 2010, apontam que no ano de 2040 o país terá mais de 60 milhões de idosos. Informações como essa e seus possíveis impactos, estarão disponíveis no Portal da Longevidade e Produtividade, lançado em 27 de março, no Campus da Indústria.
Implementado pelo Instituto Sesi de Inovação (ISI) em Longevidade e Produtividade, o portal oferece um conjunto de relatórios dinâmicos relacionados ao trabalho, em seis temas: Demografia, Economia, Saúde, Previdência Social, Educação e Infraestrutura Social e Urbana. Análises, notícias, vídeos, dicas, mapas e infográficos, além de um calendário de eventos, mostrarão como a segurança e a saúde estão diretamente ligadas ao bem-estar do trabalhador e, ao mesmo tempo, à produtividade e à competitividade da indústria.
De acordo com a facilitadora do ISI, Noélly Mercer, o portal deverá subsidiar o debate sobre a mudança do perfil demográfico da população, um tema estratégico para a indústria nacional. “Esperamos que as informações apresentadas despertem a atenção dos gestores das indústrias para o tema, levando à reflexão sobre seu impacto na própria organização e na busca de soluções”, afirma.
O lançamento ocorreu durante o Encontro de Saúde e Produtividade para a Indústria, que incluiu em sua programação palestras sobre a importância de um ambiente laboral que favoreça a longevidade produtiva e o impacto das doenças crônicas no envelhecimento do trabalhador.
“As empresas precisam ter consciência de que a mudança demográfica irá afetar o mercado de trabalho e possibilitar uma melhor qualidade de vida de seus colaboradores, abrangendo a longevidade produtiva e saudável”, explica Noélly. E indica a nova plataforma para quem estiver interessado em mais informações: www.longevidade.ind.br
O encontro também contou com a apresentação do novo eixo do Programa Cuide-se +: Prevenção de Doenças Crônicas. O programa já contempla os eixos Prevenção do Câncer; Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas; Alimentação Saudável; Estímulo a Atividades Físicas; Saúde Mental; Prevenção de Acidentes de Trabalho; e Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Segundo Aline Lima, coordenadora técnica de Negócios do Sesi no Paraná, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis por 63% das mortes prematuras ocorridas no mundo. Estima-se ainda que no Brasil, até 2030, as perdas totalizem 8,7% do PIB por conta de casos de absenteísmo, presenteísmo e aposentadoria precoce, causados por doenças crônicas. “As DCNT são resultado de diversos fatores, determinantes sociais e condicionantes, além de fatores de risco individuais como tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física e alimentação não saudável”, afirma.
Aline acrescenta que quando se fala em DCNT, é preciso levar em conta toda a implicação que tais fatores têm na saúde do trabalhador da indústria e o quanto podem interferir na produtividade o número de atestados médicos, afastamentos, presenteísmo, absenteísmo e o desempenho das empresas. “Com colaboradores mais saudáveis e aptos a exercerem suas funções, com certeza melhores indicadores serão alcançados. A partir deste cenário verifica-se a real importância da conscientização por parte dos trabalhadores à adoção de um estilo de vida saudável, que engloba o hábito de práticas físicas e alimentação equilibrada”, conclui.
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