Publicado em 06/03/2017
Fonte: FENABRAVE
Uma pesquisa global realizada pela consultoria KPMG com executivos brasileiros da indústria automotiva mostrou que, apesar de o País ainda estar aquém no desenvolvimento de veículos com novas matrizes energéticas em comparação com outras nações, 69% dos pesquisados acreditam que os carros híbridos, em 2025, já estarão mais inseridos no mercado brasileiro. Quanto ao veículo autônomo, 73% dos executivos afirmaram que veremos nas ruas pelo País carros com essa tecnologia nos próximos oito anos.
Para Ricardo Bacellar, diretor da KPMG, os brasileiros estão abertos às inovações tecnológicas
e transformações no modelo de negócio nos próximos anos: “isso é facilmente percebido
ao analisar o grande número de respostas positivas frente a temas como conectividade, digitalização e
criação de valor por meio do big data”.
O levantamento mostrou que a visão dos brasileiros é diferente dos quase 1 mil executivos pesquisados em 42 países onde apenas 37% acreditam que os automóveis autônomos é uma tendência a ser consolidada e 50% consideram os veículos movidos a bateria como tendência número um.
Por enquanto a produção de veículos elétricos híbridos ou a bateria ainda são realidade distante para a produção em escala e consumo de massa por ser uma tecnologia cara e que exige mudanças na infraestrutura. De acordo com dados da ABVE, associação Brasileira do Veículo Elétrico, em 2016 foram vendidos 1 mil 91 automóveis elétricos e híbridos no país.
Luiz Carlos Mello, diretor do CEA, Centro de Estudos Automotivos, diz: “para que híbridos e elétricos tornem-se realidade para consumo em massa será necessário resolver questões como o custo de produção destes veículos que reflete no preço final do consumidor”.
No que diz respeito ao veículo autônomo, o consultor acredita que esta mudança impacta também na cultura dos brasileiros e também de motoristas de outros países. “O condutor vai precisar se desligar do ato de dirigir e de ter o controle físico do veículo. Para isto terá que sentir confiança.”
Para Ricardo Takahira, da comissão técnica de veículos elétricos e híbridos da SAE Brasil, esta visão de futuro dos executivos está baseada no fato de que a implantação desta matriz energética é um caminho sem volta e lá fora já está se consolidando devido às exigências de regulamentos de eficiência energética e emissões. “O grande desafio do Brasil será como baratear os custos para produzir estes veículos a um preço mais acessível.”
De acordo com ele, será preciso também políticas governamentais e industriais eficientes para que híbridos e elétricos se tornem uma realidade “A nova fase do Inovar –Auto poderá ser um estímulo para a viabilização de projetos.”
A temática Veículos Híbridos e Elétricos irá pautar as discussões do 15° Encontro do Comitê Gestor do Setor Automotivo, que irá ser reunir em 14 de março, na Fiep – Campus da Indústria. O estudo divulgado pela KPMG também responde ao monitoramento da "Variável 04 - Energético: Combustíveis alternativos e renováveis", do estudo que orienta os trabalhos da Articulação do Setor Automotivo.
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