Publicado em 22/11/2016
Fonte: Agência Fiep
O Sesi no Paraná, por meio do Instituto de Inovação em Longevidade e Produtividade, participou de um dos maiores eventos do país voltados para a promoção do envelhecimento com qualidade de vida, o Encontro LAB60+ 2016, que ocorreu em novembro, em São Paulo. O evento é um marco anual do trabalho do LAB+60, que tem como objetivo principal propor respostas positivas e inovadoras para a longevidade, por meio da conexão entre os diversos atores sociais.
O Sesi no Paraná foi representado no evento pelo coordenador do Instituto Sesi de Inovação em Longevidade e Produtividade, Rodrigo Meister de Almeida, que abordou em uma das mesas de debate as transformações e oportunidades diante de novos cenários de trabalho. “Em parceria com o Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, o Instituto criou uma metodologia que auxilia as empresas a prepararem seus funcionários para as mudanças na carreira profissional, com ações que fortalecem a construção da cidadania e o desenvolvimento profissional, humano e social”, diz.
O Sesi-PR é participante ativo nos Grupos de Trabalho de “Educação Corporativa” e “Diversidade e Inclusão”, de Articulação do Setor Automotivo. Os GTs discutem e realizam ações guiados por temas como envelhecimento de mão-de-obra, inclusão de PcD nas empresas, diversidade e relações de gênero, qualificação profissional, ferramenta eSocial, terceirização de trabalhadores e demais legislações que envolvam as áreas de Recursos Humanos e etc. Para mais informações sobre a Articulação Setorial e demais Grupos de Trabalho, clique aqui.
“A apresentação no debate mostrou a grande contribuição que o Instituto de Longevidade e Produtividade do Sesi vem trazendo para demonstrar para a indústria e a sociedade em geral que as pessoas não apenas estão vivendo mais, mas que continuam com potencial produtivo comprovado e interessadas em novas oportunidades de crescimento”, afirma Rafael Sanches Neto, Líder do Projeto Reinvenção do Trabalho 60+ e organizador do evento. “As pesquisas do Instituto representam uma excelente contribuição para a sociedade tomar consciência de que os preconceitos com relação às pessoas idosas não se justificam e que a indústria pode e deverá continuar contando com a participação em seus quadros de pessoas mais sêniores. Esse deverá ser o movimento natural das organizações para fazer frente à revolução demográfica que estamos vivendo em todo mundo com o envelhecimento rápido e definitivo das populações.”
Desafios da longevidade
Conforme explica Almeida, o Brasil vive hoje uma agressiva mudança no perfil da população, alterando a pirâmide etária do país. Em 1991, 28% da população brasileira era composta por jovens entre 15 e 29 anos. Em 2010, esse percentual caiu para 27%. A previsão para 2060 é que o percentual seja de 15%.
“Esse aumento da expectativa de vida do brasileiro, associado ao menor ritmo de crescimento da população geral, tornam os cuidados com a saúde física, psíquica e a qualidade de vida ainda mais relevantes, com efeitos importantes para uma vida profissional melhor e mais longa. A longevidade das pessoas e de sua carreira devem ser vistas como uma oportunidade de desenvolvimento profissional e particular”, aponta.
O papel das empresas
Nesse contexto, as empresas podem atuar como agentes facilitadores, fornecendo estímulos e apoio ao trabalhador em função do planejamento do futuro profissional, que é uma responsabilidade individual para as pessoas, como explica Almeida. A partir desse desafio, foi estruturado o Instituto Sesi de Inovação em Longevidade e Produtividade, que auxilia as empresas a lidarem com essas mudanças de cenário.
Uma das tecnologias utilizadas pelo Instituto é o do Empoderamento para Longevidade Produtiva, que promove a gestão de carreira, experiência e bem-estar mental dos trabalhadores e gestores no mundo do trabalho atual. “O método aumenta as oportunidades de os participantes descobrirem soluções de sucesso relacionadas à carreira e reforça a capacidade de lidar com contratempos. O envelhecimento acontece desde que nascemos e devemos nos preparar, as pessoas e as corporações. Todos vamos experimentar este tipo de diversidade.”, detalha Almeida.
A partir de pesquisas, de acesso a informações sobre envelhecimento ativo no ambiente de trabalho, diálogos com as indústrias, e ferramentas que organizem e disseminem conteúdos sobre a transição demográfica da população brasileira e seus impactos na força de trabalho, o Instituto orienta os empregadores no sentido da tomada de decisões, dentro de seus planejamentos estratégicos, tendo como objetivos a inclusão e a promoção da saúde dos trabalhadores mais longevos.
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