Publicado em 30/08/2016
Fonte: Agência Fiep
Números, dados, análises de profissionais, fatores econômicos internos e externos. Com todas essas informações apresentadas, o Sesi no Paraná lançou, em 24 de agosto, para empresários do estado as cinco novas consultorias em segurança e saúde do trabalho que passam a constar na lista de serviços da empresa. Visto como o produto de maior relevância, não apenas para o Paraná, mas para todo o diretório nacional, os cuidados com a saúde refletem ganhos para o trabalhador e também para o caixa das empresas.
Com esse cenário, o Sesi reforça sua atuação consultiva e passa a ofertar soluções de valor agregado para a indústria. Entre as novidades estão as consultorias em gestão do absenteísmo, isso é, diminuir o número de trabalhadores ausentes. De acordo com Luciano Nadolny, analista técnico da Gerência de Segurança e Saúde do Sesi, doenças e acidentes de trabalho são responsáveis pelo maior percentual de afastamentos do trabalhador dos postos de serviço o que compromete a produtividade e também sobrecarrega demais colaboradores. “Além da perda da competitividade, as empresas arcam com altos encargos por essa ausência, valores que podem chegar a até 11 mil reais por mês dependendo da área de atuação e do tempo de afastamento”, explica Nadolny. Na mesma linha está a ideia da consultoria em Passivos Trabalhistas, que propõe a criação de medidas de proteção, correção e prevenção diante de riscos evidentes em segurança e saúde.
Outra consultoria é sobre as normas regulamentadoras (NR). O objetivo delas é de orientar as empresas na tomada de decisões referente às mais de 36 NR. A ideia com esse serviço é propor soluções de acordo com as necessidades específicas de cada indústria para reduzir os riscos de acidentes e também de multas por desacordo à legislação dessas NR. “Em apenas seis anos, as NRs tiveram 77 alterações, um número muito alto que reflete diretamente nas possíveis multas que as empresas podem receber pelo descumprimento”, explica Dalton Toffoli, coordenador técnico de negócios do Sesi.
As outras duas consultorias se referem ao eSocial e ao FAP/NTEP. A primeira procura orientar as empresas na implementação da ferramenta. Como são processos detalhados, a ideia é mapear e diagnosticar a aderência da empresa em relação ao cumprimento do eSocial. Já a outra é indicada para empresas que precisam aderir a um processo de gestão sobre os nexos técnicos profissional (NTP), e Nexo técnico Epidemiológico previdenciário (NTEP) que procura identificar quais doenças e acidentes estão relacionados com a prática de uma determinada atividade profissional. A consultoria ainda vai implementar um processo de gestão sobre o Fator Acidentário de Prevenção, um multiplicador que é utilizado para o cálculo de pagamento das empresas divididas por subclasse econômica de acordo com a incidência de acidentes de trabalho.
A temática saúde e Segurança no trabalho e seus desdobramentos nas empresas são pautas de discussões e ações dos Grupos de Trabalho: “Educação Corporativa” e “Diversidade e Inclusão – Legislação”, da Articulação do Setor Automotivo. Para mais informações sobre a Articulação Setorial, as próximas agendas e demais Grupos de Trabalho, clique aqui.
Presença Internacional
O lançamento das consultorias do Sesi contou com a presença de Marjo Wallin, pesquisadora do Instituto Finlandês de saúde ocupacional (FIOH). Ela disse que a cultura da saúde e da segurança deve estar presente em todos os níveis profissionais, a começar pela alta gerência, pois é um ganho dos dois lados. “É preciso empoderar o trabalhador para que ele se sinta produtivo e disposto no dia a dia dele. O trabalho precisa ser um promovedor da saúde e não o contrário”, enfatiza.
Já para as empresas, ela destacou que os ganhos econômicos são enormes. “Na Europa, para cada euro investido em programas de segurança e saúde, voltam seis. É preciso, muitas vezes, partir do zero para implementar soluções nessas áreas. Ela explica que na Finlândia o Fórum de Zero Acidentes, uma plataforma de compartilhamento de experiência, prevê que todo acidente pode ser evitado. Para isso, indica quatro passos. O primeiro: investir em segurança ocupacional. Dois: os clientes estabelecem as metas de segurança. Três: a segurança deve ser uma ideia coletiva e por final, quatro: treinar as situações de risco e estar sempre atualizado.
Quando perguntada quais os maiores vilões da produtividades na empresas, ela explicou que varia de acordo com o posto de trabalho. “Geralmente será sempre questões de saúde. Trabalhadores da linha de produção são mais acometidos por resfriados e dores nas costas, já cargos de gerência acabam sendo vítimas de problemas mentais como estresse e depressão”, explicou a pesquisadora.
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