Publicado em 05/08/2016
Fonte: Fenabrave
A produção industrial no Brasil recuou 6,3% no primeiro semestre de 2015. É o que mostra o levantamento apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Só em junho a queda foi de 0,3%. A queda acentuada reflete o momento da indústria brasileira com estoques altos, consumo em baixa e falta de confiança dos empresários para investir. A principal influência negativa veio da indústria automotiva que registrou queda na produção de 20,7% no primeiro semestre comparado ao ano anterior.
O setor de bens duráveis (que inclui também eletrodomésticos) teve queda de 14,6% no acumulado do ano. Outro setor importante para Usiminas, o de bens de capital - que produz máquinas para indústria e agricultura - teve retração de 20% no primeiro semestre.
Indústria Automotiva
A indústria automobilística teve o pior mês de julho desde 2007, registrando a produção de 227,6 mil veículos novos. Em comparação ao ano passado, a queda foi de 22,8%. Os dados são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
No acumulado do ano, a queda foi de 21% com um total de 1,546 milhão de unidades, incluindo caminhões e ônibus. Desde o início da desaceleração do mercado, em 2013, o recuo nas vendas chegou a 30%. A Anfavea também mantêm a previsão do ano com recuo de 17,8% em relação a 2014.
O Instituto Aço Brasil (IA-Br) publicou nos últimos dias uma carta com o resumo do 26° Congresso Brasileiro do Aço e ExpoAço 2015. No documento, a entidade voltou a classificar o momento atual como a pior crise da história da indústria brasileira do aço. E, entre as razões do cenário negativo, citou as importações diretas e indiretas de aço (principalmente da China) e o elevado Custo Brasil. A conclusão é que a indústria brasileira do aço enfrenta a sua pior crise.
Ainda na carta, o IABr afirma que a retomada do desenvolvimento do Brasil depende da implementação de políticas que estimulem o comércio exterior, além de investimentos maciços em infraestrutura, da correção das assimetrias tributárias e da adoção de juros em padrões internacionais e de câmbio competitivo.
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