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Empresa paranaense de plásticos migra do Setor Automotivo para o Energético

Publicado em 28/01/2016

A produção atual é de partes de aerogeradores e casas pré-fabricadas

Fonte: Gazeta do Povo

A paranaense MVC Plásticos está acostumada a se reinventar. A empresa com sede em São José dos Pinhais já esteve prestes a fechar as portas, mas viu na diversificação de seus produtos o caminho para contornar qualquer crise. Antes especializada no fornecimento de peças para a indústria automotiva, a companhia tem hoje os setores eólico e de casas pré-fabricadas como os seus carros-chefes.

Foram essas duas áreas que ajudaram a MVC a começar 2016 no azul, ao seguirem na contramão da crise e crescerem ao longo do ano, explica o diretor geral da marca, Gilmar Lima. “Enquanto as demais áreas tiveram problemas, o setor eólico e de construção não foram abalados. Se não fosse isso, teríamos fechado 2015 com várias demissões”, conta.

O executivo aponta que as casas pré-fabricadas foram responsáveis por cerca de 56% de toda a receita da MVC no ano passado – o que abriu os olhos da empresa para o potencial de atingir o mercado internacional. A empresa tem a previsão de enviar 1.200 casas para a Alemanha a partir de fevereiro. “Mas já há outros interessados, como a Turquia e alguns países da Europa e América Latina. Nosso objetivo para 2016 é internacionalizar nossas ações”, reforça Lima.

Bons ventos

O setor eólico é outra área importante dentro das estratégias da companhia. Somente em 2015, o país ganhou 111 novas usinas, um recorde segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), cenário que afetou diretamente a paranaense.

“No ano passado, o nosso departamento de eólicos teve uma receita líquida de R$ 75 milhões, contra R$ 30 milhões em 2014”, declara o diretor, que pretende fazer com que esse valor dobre em 2016. “E a meta é chegarmos em 2020 com uma receita de R$ 300 milhões.”

Para Lima, o segredo dessa diversificação está em aprender com os próprios erros e na capacidade de encontrar soluções rapidamente. “Uma coisa que aprendemos ao longo dos anos foi não depender apenas de alguns poucos clientes”, conta.

A meta da empresa é chegar 2020 com apenas 10% dos produtos destinados ao governo federal – porcentual que foi de 50% ano passado. “Não podemos apenas ficar esperando que a economia melhore ou coisa assim. A solução é encontrar novos nichos e novos produtos”, conclui Lima.

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