Publicado em 25/01/2016
Fonte: Revista Autoesporte
Pressionado pela queda de 26,5% sofrida pelo mercado automotivo em 2015, o Volkswagen Financial Services (VWFS) pode passar 2016 sem captar recursos no mercado brasileiro e deve reduzir os prazos de financiamento de seus clientes, dando prioridade àqueles que pagam à vista por um automóvel.
A inflação, os juros altos e o aumento do desemprego também contribuíram para que a instituição financeira, a maior ligada a uma montadora no país, tomasse essa decisão. Segundo Rafael Teixeira, diretor-executivo e financeiro do VWFS, a empresa está concentrando esforços nas operações que oferecem taxa zero e entrada de, pelo menos, 60% do valor do veículo, uma vez que o risco de inadimplência é menor nesses casos.
Em dezembro passado, o Volkswagen Financial Services, que engloba o Banco Volkswagen e os negócios de consórcios e seguros do grupo, conseguiu captar R$ 1 bilhão por meio de uma securitização de recebíveis, processo que consiste em agrupar títulos de crédito e dívidas e transformá-los em títulos negociáveis, disponíveis para investidores no mercado interno e externo.
Para Teixeira, esses recursos levantados em 2015 (R$ 1,5 bilhão no total) mais os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) dão suporte às necessidades previstas para 2016. O executivo também afirmou que o cenário mais adverso tem levado o grupo a maiores volumes de renegociação de dívidas e provisionamento para perdas, mas que a rentabilidade deve seguir satisfatória mesmo assim.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de veículos novos leves no país devem cair 7,3% em 2016, enquanto as de pesados devem recuar 13,9%.
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