Publicado em 21/09/2015
Fonte: Agência Estadual de Notícias
O prefeito Gustavo Fruet recebeu, em 17 de setembro, o prêmio de Melhor Cidade do Brasil, atribuído a Curitiba em estudo que analisou 5.565 municípios (apenas cinco cidades do País ficaram fora do estudo). A iniciativa da Agência Classificadora Austin Ratings e da Revista IstoÉ avaliou 212 indicadores relacionados às áreas social, econômica, fiscal e digital, com foco na igualdade das oportunidades entre os habitantes das cidades.
Além do primeiro lugar geral, Curitiba recebeu ainda o prêmio de Melhor Cidade de Grande Porte (acima de 200 mil habitantes) e Melhor Cidade no quesito Mercado de Trabalho.
“Curitiba se sente honrada por ser considerada a melhor cidade do Brasil. O resultado do estudo confirma o sucesso das nossas políticas públicas. A premiação nos motiva a seguir em frente na construção de uma cidade mais humana”, afirmou o prefeito ao receber os três prêmios.
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostin, parabenizou Curitiba pela conquista e afirmou que, mesmo tendo acesso a dados públicos, o grande desafio do levantamento foi cruzar o enorme volume de informações analisadas para a realização do ranking. "A grande inteligência é dar o valor devido a cada indicador, o peso dele, numa estrutura que foi desenvolvida e pesquisada pela Austin. Curitiba venceu no Mercado de Trabalho, entre as Cidades de Grande Porte e, por conta dos bons indicadores em outras áreas, foi eleita a Melhor Cidade do Brasil. Acredito que precisamos de pelo menos seis meses para analisar detalhadamente todos esses números. Foi um feito inédito no Brasil", disse.
Metodologia
A Austin Rating desenvolveu o Índice de Inclusão Social e Digital (IISD), que analisa 212 indicadores relacionados às áreas social, econômica, fiscal e digital e permite hierarquizar as cidades com foco na igualdade das oportunidades entre seus habitantes.
A análise dos 212 indicadores ocorreu de forma quantitativa e qualitativa. O desempenho dos municípios foi pontuado tanto pela condição do indicador em um único momento no tempo - a exemplo de uma fotografia -, bem como pelo desempenho da evolução desse indicador no tempo (como em um filme que conta sua história).
No cálculo do IISD, há 21 indicadores chamados de determinantes em virtude de sua representatividade nos grupos. Sua pontuação é somada após aplicação de sua ponderação. Já os demais 191 indicadores são chamados de condicionantes e sua pontuação é somada integralmente.
A pontuação dos municípios ocorreu de forma decrescente e conforme a posição em cada indicador. O município mais bem classificado no indicador “Y” recebeu 5.565 pontos, enquanto o mais mal classificado nesse indicador, apenas 1 ponto. Esse critério é aplicado linearmente tanto na análise quantitativa como na qualitativa. A nota máxima que um município pôde obter foi de 158,7416 pontos, ao passo que a mínima foi de 0,0285 ponto.
As informações dos 212 indicadores para os 5.565 municípios foram extraídas de fontes primárias públicas, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Datasus, Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), entre outras.
Apesar de existirem atualmente 5.570 municípios no Brasil, a amostra contemplou 5.565 cidades (ou 99,91% do total), pois cinco municípios foram emancipados a partir de 1º de janeiro de 2013. Portanto, não há massa crítica de indicadores suficientes para compará-los aos demais, cuja análise levou em consideração a evolução dos indicadores no período de dez anos. Os municípios emancipados a partir de 1º de janeiro de 2013 são: Paraíso das Águas (MS), Mojuí dos Campos (PA), Pinto Bandeira (RS), Balneário Rincão (SC) e Pescaria Brava (SC).
Além de serem classificados em um ranking geral - que engloba todas as cidades -, os municípios também foram categorizados e premiados conforme o tamanho de sua população, desta forma:
• Pequeno Porte: até 50 mil habitantes.
• Médio Porte: de 50 mil a 200 mil habitantes.
• Grande porte: acima de 200 mil habitantes.
ESTRUTURA DE PONDERAÇÃO DO IISD
Os 212 indicadores utilizados para o cálculo do IISD foram agregados, e ponderados, em quatro grandes grupos e 16 subgrupos, a saber:
INDICADORES FISCAIS (35%)
• Capacidade de Arrecadação (15%): revela os avanços do município na gestão dos recursos próprios.
• Execução do Orçamento (8%): mostra o equilíbrio entre receitas e despesas no gerenciamento dos recursos municipais.
• Aplicação na Saúde e Educação (8%): espelha o compromisso do município quanto à aplicação de recursos nessas duas áreas e o cumprimento dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
• Sustentabilidade Financeira (4%): registra os avanços do município quanto à sua capacidade de elevar a arrecadação de forma consistente ao longo do tempo.
INDICADORES ECONÔMICOS (30%)
• Padrão de Vida (20%): assinala os avanços que o município proporcionou à sociedade quanto ao nível de poder de compra e ao número de bens duráveis nos domicílios.
• Mercado de Trabalho (7,5%): destaca o progresso do município quanto à qualidade do emprego e ao nível de distribuição de renda à sociedade local.
• Comércio Exterior (2,5%): é o desempenho das exportações e a corrente de comércio do município.
INDICADORES SOCIAIS (25%)
• Atenção ao Jovem (5%): mostra o que o município proporcionou aos jovens quanto às condições de emprego, nível de escolaridade e segurança (homicídio juvenil).
• Educação (5%): indica os avanços do município para elevar a freqüência de crianças e jovens na escola, bem como a redução nas taxas de analfabetismo e o aumento na qualidade educacional.
• Responsabilidade Social (4%): revela os avanços do município quanto ao apoio às pessoas vulneráveis, como crianças, mães chefes de família, idosos, condições dos domicílios, etc.
• Habitação (3,5%): trata dos avanços do município quanto à oferta de serviços públicos nas residências, como coleta de lixo, energia elétrica, água e esgoto, densidade populacional, entre outras.
• Qualidade de Vida (3,5%): evidencia os avanços realizados pelo município nas condições de mortalidade infantil, fecundidade, probabilidade de sobrevivência, taxa de envelhecimento e número de famílias.
• Desenvolvimento Humano (2%): registra a evolução do município nos principais indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), como educação, renda e longevidade, proporcionando melhor nível de igualdade para a população local.
• Saúde (2%): manifesta a evolução do município quanto à prestação do serviço de saúde, como número de hospitais, leitos, entre outros.
INDICADORES DIGITAIS (10%)
• Mobilidade Digital (5%): avalia o nível de disponibilidade de computadores e celulares nos domicílios.
• Acesso digital ao conhecimento (5%): são os avanços do município quanto à facilidade de obter informações por internet.
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