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Setor automotivo tem poucas saídas para manter empregos

Publicado em 20/05/2015

Empresas vivem dificuldade para aprovação de layoff em sindicatos

Fonte: Automotive Busines

Neste período em que a queda de demanda de veículos afeta o setor de autopeças, boa parte das empresas do segmento fica restrita a férias coletivas, banco de horas e PDVs como formas de manutenção de emprego e alternativas à demissão. O problema veio à tona no painel “A Visão das Autopeças” no III Fórum de RH da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business em 18 de maio.

“Na TRW não há acordo para utilização de layoff”, afirma a diretora de recursos humanos da companhia, Ana Carolina Coutinho. “Não temos aliados no sentido de buscar outras medidas”, diz ela referindo-se à Intersindical Conlutas, que compreende os sindicatos das regiões de Campinas, Limeira, São José dos Campos e Rio Claro, no interior de São Paulo.

O diretor de RH da ZF para a América do Sul, Marcel Oliveira, lamenta o período: “Tenta-se diminuir (a demissão de trabalhadores) na medida do possível, mas as perspectivas não são boas. E dá para contar nos dedos as empresas que aplicam layoff, ele é muito oneroso. E o PDV acaba levando da empresa muitas pessoas que não queríamos atingir”, lamenta.

Vice-presidente de RH da Continental, Marco Galluzzi afirma: “Em algum momento a indústria vai se recuperar e a previsão é de que no ano de 2020 haja um déficit de 8,5 milhões de pessoas qualificadas. É preciso cuidar daqueles que estão a bordo.”

Terceirização

Sobre a terceirização de trabalhadores, a diretora de RH da TRW afirma que espera poder contar com a regulamentação: “Nossa luta diária é para manter nossa competitividade”, afirma, referindo-se à necessidade de redução de custos. Oliveira, da ZF, também se diz partidário de que ela ocorra. Galluzzi pondera: “Somos céticos sobre como a terceirização vem sendo tratada em Brasília e não se sabe quanto tempo vai demorar para ser adotada de fato.”

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