Publicado em 12/05/2015
Fonte: Portal G1
Após um mês em greve, trabalhadores da montadora Chery, em Jacareí (SP), retornaram às atividades na unidade em 7 de maio. A volta ao trabalho foi aprovada em assembleia que apresentou o acordo firmado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos em 6 de abril no Tribunal Regional do Trabalho em Campinas (SP).
Entre os itens acordados na audiência estão o reajuste de 57% do piso salarial, elevado para R$ 1.850, além de redução da jornada de trabalho de 44 horas para 42 horas semanais e estabilidade de 90 dias aos trabalhadores depois do fim da greve, estendida aos lesionados. O acordo prevê ainda que os 20 dias de paralisação sejam compensados com 4 dias de trabalho.
A audiência de conciliação foi a terceira entre representantes da empresa e do sindicato. As duas partes avaliaram o resultado de forma positiva. A greve teve início em abril para pressionar a multinacional a conceder aumento salarial e cumprir o acordo coletivo, que equipararia os direitos dos trabalhadores da Chery aos dos funcionários de outras montadoras na região, como a General Motors.
A unidade da Chery em Jacareí possui 470 trabalhadores e produz o carro Celer nas versões hatch e sedan. Com investimento de US$ 530 milhões na construção das instalações no Brasil, a fábrica foi inaugurada em agosto do ano passado com a previsão de produzir 25 mil veículos para 2015.
Outras reivindicações
Além dos itens já aprovados nesta semana, a montadora e o sindicato ainda vão debater outras questões, como a criação de um plano de carreira e o fim da terceirização na fábrica.
A pauta, que inclui 30 itens, também vai ser julgada pelo Tribunal Regional do Trabalho. A reivindicação inclui também aumento linear dos salários, que estenderia o reajuste a todas as faixas salariais e não apenas aos 70% dos funcionários que recebem o piso. O julgamento ainda não tem data marcada.
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