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Mercedes-Benz demite 500 já afastados

Publicado em 22/04/2015

Funcionários estavam parados há um ano e podem receber mais nove salários

Fonte: Automotive Business

A Mercedes-Benz informou, em 17 de abril, que irá demitir 500 dos 750 empregados da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) que já estavam afastados do trabalho há quase um ano. Os desligados e demais funcionários da unidade poderão aderir ao plano de demissão voluntária (PDV) aberto em 1º de abril e que vai até 27 de abril, para receber até nove salários além das verbas rescisórias a que têm direito.

“Diante de um cenário de ociosidade produtiva superior a 40% na fábrica de São Bernardo do Campo, a Mercedes-Benz precisa adotar novas medidas e soluções mais definitivas para continuar a gerenciar o significativo excedente de pessoas (na planta)”, descreve a nota oficial distribuída pela empresa. No primeiro trimestre do ano a Mercedes registrou recuo de 40% em suas vendas domésticas de caminhões em comparação com o mesmo período de 2014, que já havia sido de baixa intensa. A segunda marca de caminhões mais vendida no País também perdeu 1,5 ponto porcentual de participação de mercado, descendo para 23,5%.

Já há quase dois anos a Mercedes tenta administrar o excedente de pessoal da fábrica no ABC paulista, estimado em 2 mil funcionários antes ainda do tombo maior do mercado. Em maio passado a empresa suspendeu temporariamente o contrato de trabalho de 750 trabalhadores da planta. Por cinco meses esses empregados ficaram em regime de layoff com os salários bancados em parte pelo seguro-desemprego e outra parte pela própria empresa, que pagou a diferença salarial para preservar o valor total dos vencimentos. Depois desse período foram concedidas férias coletivas e, desde novembro, foi concedida nova licença remunerada, que termina este mês – desta vez com 100% dos salários bancados pela Mercedes, pois o layoff tem duração máxima de cinco meses.

Com a persistência da retração do mercado e no limite das medidas possíveis, a Mercedes decidiu demitir 500 dos 750 funcionários afastados, que deverão ser desligados formalmente em 4 de maio, mas só têm até o dia 27 de abril para aderir ao PDV e assim garantir mais nove salários, em média, o que representaria no total cerca de 20 de remuneração, contando desde o início do layoff, sem atividade de trabalho na fábrica.

Segundo informações, os 250 remanescentes do grupo em layoff estão enquadrados em alguma condição de estabilidade, como afastamento por ordem médica, por isso a empresa terá de promover outro tipo de negociação para o desligamento.

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