Publicado em 18/02/2015
Fonte: Notícias Automotivas
Os amantes do iPhone e outros produtos da Apple devem comemorar. O icônico fabricante da Califórnia vai mesmo entrar no mundo dos automóveis, segundo a Reuters e WSJ. A empresa de Cupertino não declara nada oficialmente, mas seus movimentos indicam seguir nessa direção.
Batizado de projeto “Titan”, o envolvimento direto da Apple no mercado automotivo aparentemente se daria apenas em desenvolver tecnologia para condução autônoma, tornando-a mera fornecedora das montadoras tradicionais.
No entanto, a Apple está jogando com mais cartas na mesa do que o normal. O projeto Titan não seria apenas o desenvolvimento de software para autônomos, mas um programa para criação de um carro elétrico autônomo da própria empresa. As placas indicativas para esta estrada aparecem a seguir.
A busca por engenheiros automotivos
A viagem da Apple em direção ao mercado automotivo vai muito além do Car Play. O fabricante de Cupertino, antes de tudo, está sendo estimulado pela Tesla Motors. Por quê? Ela é a primeira montadora americana a dar lucro e fazer sucesso desde a fundação da Chrysler.
E meio a um clube praticamente fechado (exceto por uma constelação chinesa focada em sua própria casa), a empresa de Elon Musk contrariou tudo e todos ao emplacar carros elétricos e caros em um mercado americano pós-apocalíptico.
Se a Tesla pode fazer o que faz, por que não a Apple? Outro incentivo para a marca é a entrada do Google na história dos autônomos. No entanto, o gigante de busca usa em parte tecnologia da Toyota e se aproveita da Roush para fazer seu pequeno carro autodirecional.
O Google deve fazer o mesmo que outros fabricantes, terceirizando componentes para ter um produto final. Já a Apple, quer ir além e oferecer um diferencial, o de fazer o projeto completo. Para isso, a empresa estaria recrutando engenheiros oriundos das montadoras e por uma boa remuneração: Até US$ 250.000 + 60% de aumento para quem decidir cruzar a fronteira com mais amigos a bordo. O objetivo seria ter 640 com experiência em carros.
E mais, no grupo dos engenheiros, a Apple desejaria muito aqueles que tenham experiência em desenvolvimento de baterias. Nesse caso, a lógica poderia ser não só para aumentar a autonomia do carro, mas também poderia servir para prolongar o funcionamento dos dispositivos móveis. Pode ser uma coisa ou outra. Ou mesmo as duas, ninguém sabe, por enquanto.
iCar
Mickey Drexler, membro do conselho da Apple, por fim, “sentencia”: “Steve Jobs, se ele estivesse vivo, ia projetar um iCar…”. Na visão de Drexler, carros precisam ter alguém com visão sobre design e Jonny Ive (designer britânico da Apple) não gosta do desenho dos carros americanos.
Mickey dá como exemplo Marc Newson, designer que já trabalhou em conceitos da Ford. Detalhe: Ele entrou na empresa em setembro de 2014. O próprio projeto Titan é liderado por Steve Zadesky, ex-engenheiro do fabricante de Dearborn, Michigan.
Outro indicativo de que a Apple quer ir além do desenvolvimento de software automotivo, é que a empresa teria em caixa recursos já direcionados para esse fim, sendo calculados entre US$ 2 bilhões e US$ 4 bilhões para serem gastos nos próximos sete a dez anos.
Para analistas de mercado, a empresa precisa injetar US$ 5 bilhões ou mais para ter uma marca específica para automóveis e criar toda a infraestrutura necessária para sua produção. Ela teria? Aparentemente até muito mais. Recentemente a Apple foi avaliada em mais de US$ 700 bilhões e certamente possui um caixa tanto grande quanto o da Volkswagen.
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