Publicado em 26/11/2014
Fonte: Gazeta do Povo
A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) tem o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) na comparação com outras 16 RMs brasileiras. O estudo divulgado em 25 de novembro, pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Brasília, também mostra que o conjunto de 29 municípios da RMC evoluiu de um patamar considerado “médio” para “alto desenvolvimento humano”, entre 2000 e 2010. Nesse período, o IDHM da RMC aumentou 12,18%, de 0,698 para 0,783.
Os melhores índices, em 2010, foram alcançados pelas RMs de São Paulo (0,794) e do Distrito Federal (0,792). Do outro lado, os três piores ficaram com Manaus (0,720), Belém (0,729) e Fortaleza (0,732). Todos os índices e subíndices das RMs registraram avanços e a disparidade entre o maior e o menor IDHM (São Paulo e Manaus) também diminuiu – de 22,1% para 10,3%.
Na RMC, a dimensão que mais evoluiu entre 2000 e 2010 foi a educação, que saltou de 0,565 para 0,701. Já o IDHM Longevidade passou de 0,793 para 0,853, enquanto o de Renda passou de 0,759 para 0,803.
Apesar do bom resultado, a RMC perdeu um lugar no ranking na comparação com os indicadores de 2000. No início da década, a região de Curitiba tinha IDHM de 0,698 e só perdia para São Paulo (0,714). Em dez anos, Brasília, que tinha o indicador de 0,680, e saltou da sexta para a segunda posição no período.
Descontados os demais municípios da RM, Curitiba registrou um IDHM em 2010 de 0,823. Considerado como “muito alto”, o índice é o quarto melhor entre as 27 capitais, atrás de Florianópolis (0,847), Vitória (0,845) e Brasília (0,824).
O IDHM
O IDHM foi desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, para mostrar a realidade social dos municípios brasileiros a partir de três dimensões: longevidade, educação e renda.
O índice varia sempre de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo a 1, maior o desenvolvimento humano. Os desempenhos são divididos em cinco categorias – muito baixo (0 a 0,499), baixo (0,5 a 0,599), médio (0,6 a 0,699), alto (0,7 a 0,799) e muito alto (0,8 a 1).
O IDHM funciona como uma “versão nacional” do IDH, criado pela ONU para medir o desenvolvimento humano de países. Ambos têm como princípio servir de alternativa aos cálculos baseados apenas sob a perspectiva econômica, como os do Produto Interno Bruto.
O primeiro levantamento sobre o IDHM foi apresentado no ano passado. A novidade da pesquisa divulgada nesta terça-feira é a comparação entre as regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória. Além disso, o estudo introduziu dados de mais de 9 mil Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), que correspondem a recortes territoriais (que podem ser bairros ou pedaços de bairros) dentro dos municípios pesquisados.
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