Publicado em 25/11/2014
Por: Redação Autoesporte
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cobrado sobre os carros não deve ser novamente prorrogada no início de 2015, conforme previsto no calendário atual. A afirmação foi feita por Luiz Moan, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) depois de uma reunião com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. O aumento deveria ter sido aplicado em meados de 2014, mas o Ministério da Fazenda optou por manter as taxas reduzidas até o final do ano, na tentativa de melhorar as vendas do setor. Assim, atualmente, o IPI varia de 3% a 10% para carros com motores até 1.0 flex e de 1.0 a 2.0 a gasolina, respectivamente.
O presidente da Anfavea se reuniu em 20 de novembro com o ministro da Fazenda e afirmou que o governo não deu pistas de que a redução do imposto, aplicada atualmente, deve ser revista em janeiro. Assim, a taxação dos carros novos deve subir depois da virada do ano. “É uma decisão que está tomada. Vamos continuar trabalhando com um cenário de elevação do IPI na produção, nas promoções e vendas”, disse Moan, segundo a Agência Brasil. Por enquanto, porém, o Governo não se pronunciou oficialmente sobre as medidas.
O executivo não informou como a subida do imposto deve influenciar no preço dos carros, já que esta é uma decisão de cada montadora. Mas, descartou demissões no setor, mesmo com as vendas em baixa apesar dos incentivos. “A indústria automobilística tem seus trabalhadores em um nível muito qualificado, o que significa crescimento e treinamento fortes. Então, a indústria sempre evitou fazer uma redução do pessoal em função justamente desse investimento que foi feito. Vamos lutar para continuar o máximo possível produzindo e vendendo”, disse.
Alíquotas
O calendário atual da redução do IPI para carros novos prevê que os modelos com motores até 1.0 flex sejam tributados em 3%. Os modelos com motores entre 1.0 e 2.0 flex sofrem cobrança de 9%, enquanto os carros com motores de mesma litragem movidos a gasolina são tributados em 10%. Utilitários e utilitários de carga têm IPI de 3%. Com o retorno da alíquota cheia, os índices subirão para 7%, 11%, 13%, 8% e 4%, respectivamente.
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